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Saiba como o divórcio afeta os filhos em diferentes idades

Redação Bonde
06 ago 2015 às 08:51
- Reprodução
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A separação de um casal é sempre um problema que ultrapassa a vida afetiva e saber lidar com isso se torna ainda mais complicado quando o casal tem filhos. Por mais que se tomem as atitudes adequadas para a circunstância, não há maneira de evitar que as crianças reclamem da ausência de quem saiu de casa ou até mesmo encarar crises de rebeldia. Quanto menor a criança, mais dificuldades terá para entender o porquê da separação dos seus pais.

Esse é um conflito comum, que leva muitos pais divorciados a consultarem o pediatra quando a saúde física e psicológica dos filhos está abalada. "Tudo, ou quase tudo, está previsto em lei. O que não está previsto é como ficam os filhos emocionalmente, pois diante da separação tudo é novo, desconhecido, imprevisto e muitas vezes assustador, tanto para os adultos como para as crianças", relata o médico Marcelo Reibscheid, pediatra do Hospital e Maternidade São Luiz, e criador do portal Pediatria em Foco. Ele listou alguns problemas causados pelo divórcio em diferentes faixas etárias. Confira:

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Se a separação ocorre durante a gravidez ou durante os primeiros meses de vida, é provável que a criança se veja afetada pelo estado de ânimo da mãe, e, portanto possa nascer com pouco peso ou com atraso no desenvolvimento cognitivo e emotivo.

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Divórcio com filhos entre 1 e 2 anos



Na época da separação, é provável, que a criança torne-se muito tímida, comporte-se como uma criança menor que sua idade afetiva, requeira muito mais atenção e tenha pesadelos noturnos.

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Divórcio com filhos entre 2 e 6 anos



A criança não entende ainda o que é uma separação, mas ao notar que um dos membros do casal não dorme em casa, é provável que pense que é por sua culpa, e reaja de formas opostas: ou fique muito obediente (pensando se for bom, o papai voltará), ou também muito mais agressivo ou rebelde, como era de se esperar quanto ao seu caráter.

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Nesta idade, alguns dos pequenos negam a separação tanto a si mesmos quanto aos demais (mentem aos parentes ou amigos, dizendo que seus pais ainda dormem juntos à noite, e continuam brincando de bonecas durante meses, simulando sua própria família e fazendo que seus pais durmam um ao lado do outro).



As crianças sofrem ainda um grande temor de serem abandonadas, junto com uma profunda sensação de perda e de tristeza. Podem sofrer transtornos do sono, de alimentação, e adotar condutas regressivas.

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Divórcio com filhos entre 6 e 9 anos



Aparecem sentimentos de rejeição, fantasias de reconciliação e os problemas de atitude. É possível que as crianças experimentem raiva, tristeza e nostalgia pelo pai que se foi. Nos casos em que os cônjuges tenham tido conflitos graves, alguns filhos podem viver uma luta entre seus afetos pelos pais e pela mãe. Outras vezes, se descuidam no aspecto material, obrigando-os a prepararem a comida, a vigiar os irmãos menores e assumam responsabilidades muito pesadas para sua idade.

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Divórcio com filhos entre 9 e 12 anos



Os filhos podem manifestar sentimentos de vergonha pelo comportamento dos seus pais, e cólera ou raiva pelo que tomou a decisão de se separar. Além disso aparecem as tentativas de reconciliar aos seus pais, o descontrole dos hábitos adquiridos e problemas somáticos (dores de cabeça, estômago, etc.).

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Divórcio com filhos adolescentes



Dos 13 aos 18 anos, a separação dos pais causará problemas éticos, e provocará, portanto, fortes conflitos entre a necessidade de amar ao pai e a mãe e a desaprovação de sua conduta. Geralmente as reações mais comuns nesta etapa são:


• Amadurecimento acelerado, ou seja, o adolescente adota o pai progenitor ausente, aceitando suas responsabilidades;


• Por outro lado poderá adotar uma conduta antissocial: não acata nem aceita normas, desobediência, condutas de roubo, consumo de álcool, drogas, etc.


"A separação não deve causar todas essas reações, mas sim algumas delas. É importante destacar que a diversidade de experiências que vivem as crianças depois da separação dos pais, é, de qualquer modo, um sinal positivo, porque prova que o divórcio não é a única coisa que as prejudica, e que, muitas delas, superam a crise familiar, saindo delas mais fortes e mais maduros que seus conterrâneos que pertencem a famílias unidas", completa o pediatra.


O pediatra aponta ainda nove frases que podem ajudar as crianças a superarem bem o divórcio:

1. O divórcio não é sua culpa.


2. É normal pensar e sentir algo a respeito.


3. O que você pensa e sente tem importância.


4. É natural que os pais chorem.
5. Você será cuidado, mesmo os pais não estando juntos.
6. Outras crianças experimentaram a mesma situação e tudo acabou bem.


7. Há pessoas com quem eles podem conversar. 


8. Há coisas que você pode fazer para se sentir melhor e ajudar seus pais.
9. Você continua a ser amado depois do divórcio.



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