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Tragédia no colégio

Deter a violência nas escolas compete a toda a sociedade, diz psicóloga

Simoni Saris - Grupo Folha de Londrina
24 jun 2023 às 14:33
- Pedro Marconi - Grupo Folha de Londrina
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O Brasil registrou o primeiro ataque a escola em 2002 e, em 21 anos, já somam 25 as ocorrências desse tipo. O caso mais recente aconteceu no Colégio Estadual Professora Helena Kolody, em Cambé (Região Metropolitana de Londrina), na última segunda-feira (19), no qual dois adolescentes morreram. O casal de namorados Karoline Verri Alves, 17 anos, e Luan Augusto, 16, entrou para uma estatística ao mesmo tempo triste e assustadora que contabiliza 139 vítimas. Desse total, 46 morreram e 93 ficaram feridas. O mapeamento foi feito pelo Instituto Sou da Paz e além de revelar um padrão na conduta dos autores dos atentados, traz outro dado preocupante que é a escalada de episódios dessa natureza.


O ano de 2023 é o que registra o maior número de casos até agora. Antes de completar o primeiro semestre, já foram computados sete ataques a escolas. Em todo o ano passado, foram seis e, em 2019, aconteceram três casos.

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Quarto suspeito de participação no atentado ao Colégio Helena Kolody é detido nesta sexta
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Após o atentado a escola em Cambé, a doutora em Psicologia Sarah Vieira Carneiro, integrante do Grupo de Trabalho de Proteção e Segurança nas Escolas, do Ministério da Educação e Cultura, viajou ao Norte do Paraná, onde passou os últimos dias. Há 20 anos atuando em questões relacionadas a perdas, luto e separações, Carneiro veio representando o governo federal e nos dias em que esteve na região reuniu-se com membros do governo do Estado e da Prefeitura de Cambé com a finalidade de oferecer apoio e assessoria, apresentar sugestões de protocolo para o retorno das atividades na escola que sofreu o ataque e discutir a prevenção e o combate a esse tipo de crime, que leva insegurança para dentro do ambiente educacional. “Tenho agenda para voltar (a Cambé). Nossa ideia é manter o apoio perene em um trabalho longo de reconstrução”, prevê.

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No calor do momento, é comum ressurgirem na sociedade os debates sobre a viabilidade de se colocar segurança armada dentro das escolas. Mas Carneiro avalia que esse caminho não é o mais adequado quando o objetivo é evitar que a violência adentre os muros dos estabelecimentos de ensino. “Alguns estudos científicos apontam que ter arma dentro da escola não previne ataque”, afirmou a psicóloga.


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Comissão de pais e responsáveis de alunos quer guardas municipais nas escolas de Cambé
Uma comissão formada por pais e responsáveis por alunos das escolas de Cambé pediram guardas municipais na instituições de ensino em reunião com vereadores da cidade nesta sexta


Monitoramento por câmeras de segurança, principalmente nas áreas externas, manter uma articulação frequente com as polícias e guardas municipais, acionando a área de inteligência das forças de segurança, criar protocolos de entrada e de saída nas escolas e diminuir o fluxo e fazer a abordagem a pessoas estranhas que estejam circulando próximo às instituições de ensino seriam medidas mais eficazes, apontou Carneiro. Mas essas ferramentas de prevenção devem estar acompanhadas de outras estratégias, de médio e longo prazo, que passam por discussões sobre temas sensíveis que competem a toda a sociedade, como fascismo, nazismo, racismo, misoginia, machismo, homofobia, bullying e todas as outras formas de discriminação a minorias, além dos meios de se promover um maior controle sobre os conteúdos que circulam na internet, especialmente na deep web e dark web. “Essas são estratégias que têm uma eficiência comprovada e que vão melhorar de todo modo e prevenir a violência, inclusive outras formas de violência que acontecem dentro da escola, há muito tempo.”


CONTNUE LENDO NA FOLHA DE LONDRINA

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