No verão, aumentam os casos de intoxicação por ataques de animais peçonhentos em todo o Estado do Paraná.
As altas temperaturas provocam a saída de muitos animais de seu habitat para o acasalamento, o que aumentam as chances de serem encontrados por humanos.
Durante o ano de 2021, o Ciatox (Centro de Assistência Toxicológica) do HU/UEL (Hospital Universitário) atendeu 1777 casos envolvendo animais peçonhentos em todo o Estado, a grande maioria deles por teleatendimento, mas também alguns casos por atendimentos presenciais.
Leia mais:
APP-Sindicato questiona equidade no programa Parceiro da Escola em Londrina
Estudo sugere que consumo de chocolate amargo está ligado à redução no risco de diabetes tipo 2
Projeto da UEL com materiais biodegradáveis é contemplado em edital da Finep
UEL publica informativo que mostra seu papel no desenvolvimento de Londrina
O serviço está ativo há 37 anos, em quatro unidades no Paraná (Londrina, Maringá, Cascavel e Curitiba).
Ao todo, o setor, que funciona no HU/UEL, atendeu 5879 casos de intoxicação durante todo o ano de 2021 no Paraná. Isso significa que os casos envolvendo animais peçonhentos representam um terço dos atendimentos totais. O restante, segundo estatísticas do setor, são de atendimentos por ingestão ou contato com medicamentos, produtos químicos, além dos acidentes com animais não-peçonhentos, como cobras que não possuem veneno.
Os casos de picadas por escorpião lideram os atendimentos. Foram 665 casos. Entre eles, o mais representativo é do escorpião amarelo (Tityus serrulatos), com 386 casos. A picada deste animal é particularmente preocupante em crianças e pode levar à morte em alguns casos.
Em segundo lugar, estão as aranhas. Foram atendidos 642 casos, a grande maioria de aranha armadeira (gênero Phoneutria sp): 279 casos. O Ciatox recebeu 233 chamados para aranhas não identificadas, seja porque o usuário não levou o animal, não conseguiu descrevê-lo ou não apresentou manifestações clínicas muito claras que ajudassem na identificação.
O serviço recebeu 201 atendimentos envolvendo picadas de cobras venenosas. A grande maioria deles é de cobras jararaca (gênero Bothrops), serpente clássica do Paraná, com 143 casos. Depois, vêm os atendimentos com cascavéis (44) e, por último, com cobras não identificadas (14).
Também tem casos de picadas de lagartas, ao todo, foram 126 pacientes acometidos, entre os quais a “lagarta-de-fogo” (Megalopyge albicollis) é a mais representativa, com 80 casos. Em seguida, estão as lagartas da família Saturniidae, com 29 casos, além de 17 outros casos de lagartas não identificadas.
Por último, estão os atendimentos por picadas de abelhas. Foram 49 atendimentos em todo o Paraná, durante 2021, mas este número, segundo o farmacêutico do Ciatox, certamente esse número está subnotificado.
Serviço
Ciatox (Centro de Assistência Toxicológica)
Contatos: (43) 3371-2244 ou pelo e-mail [email protected].