O segundo dia de provas do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) exigiu muita concentração dos participantes neste domingo (11). Eles tiveram que responder às 90 questões, sendo 45 de matemática e suas tecnologias e 45 de ciências da natureza e suas tecnologias (química, física e biologia). Em 2018, o tempo de provas foi estendido em 30 minutos, aumentando para cinco horas o prazo para conclusão do teste.
A ampliação do tempo de prova em meia hora foi uma novidade da edição deste ano e ocorreu como forma de compensar a divisão das disciplinas feita na edição de 2017 do exame. No ano passado, o MEC (Ministério da Educação) decidiu concentrar as provas de humanas em um dia e reservou o segundo dia para as provas de matemática e ciências da natureza, mas muitos candidatos reclamaram que o tempo de quatro horas e meia era curto demais para concluir a prova, considerando a grande quantidade de cálculos exigida para resolver as questões.
A estudante do curso técnico em enfermagem Camila Alves dos Santos deixou a sala de prova duas horas e meia depois do início do exame e mesmo estando bem preparada, considerou difíceis as questões de matemática. "Teve muita porcentagem, muita raiz quadrada. Cobraram todo o conteúdo. Em química também foram exigidas muitas fórmulas", comentou.
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Santos já havia feito o Enem em 2016, como treineira, e agora espera conseguir uma boa nota no exame para poder garantir uma vaga na faculdade de enfermagem. Neste ano, avaliou a estudante, a prova estava "bem mais difícil". "O que foi bom agora é que a prova não acontece mais em dois dias seguidos. O intervalo de uma semana entre uma e outra permite que a gente se prepare melhor. Foi uma mudança positiva."
Thais Aparecida Venâncio tem mais facilidade em ciências exatas e neste domingo foi menos tensa para o local de prova na comparação com o domingo anterior, quando foram aplicados os testes de ciências humanas, linguagens e redação. "Na semana passada, eu estava mais nervosa. Hoje, deu para resolver as questões, mas eu não sabia todas elas. Fui bem nas que eu sabia", disse. "Estudei desde o começo do ano, mas é pouco tempo para ver todo o conteúdo e como estudo em escola pública, muita coisa eu tive que estudar sozinha porque a gente não vê em sala de aula."
O estudante Nathan Aguilera fez o Enem pela primeira vez e teve dificuldade para resolver as questões de matemática. "Tenho dificuldade com cálculo", justificou. Ele tentou solucionar as questões que exigiam cálculo, mas não perdeu tempo com aquelas que ele sabia que não conseguiria chegar à resposta. "A prova é muito extensa. Eu li a prova toda e fui por eliminação. Não adianta insistir no que eu não sei. Quando a cabeça chegou à exaustão, comecei a chutar o que eu não sabia. Na semana passada eu tive um desenvolvimento melhor", comparou.
"Eu gosto de exatas e tentei fazer o máximo de questões, a maior parte eu consegui resolver, mas estava complicado. Ainda assim, estou otimista com o resultado final (do concurso)", disse Nicholas Ogawa, que espera garantir uma bolsa para a faculdade de arquitetura com a nota do Enem. "Já tinha feito a prova em 2016 e neste ano eu acho que o conteúdo foi melhor porque pegaram temas mais abrangentes, como racismo, homofobia, coisas da nossa realidade."
O gabarito oficial será divulgado no dia 14 de novembro e o resultado do Enem sai no dia 18 de janeiro.