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Estádio Mário Filho

Após atraso e polêmica, Maracanã é reaberto

BBC Brasil
28 abr 2013 às 12:43

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Após mais de dois anos em obras, o Estádio Mário Filho, mais conhecido como Maracanã, foi reaberto na noite deste sábado com um show de artistas brasileiros seguido por um jogo entre amigos dos ex-jogadores Bebeto e Ronaldo.

A partida, exclusiva para convidados e operários que trabalharam na reforma do estádio, foi considerada o primeiro evento-teste do Maracanã, que será entregue à Fifa oficialmente no próximo dia 24 de maio.

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O jogo terminou com o placar de 8 a 5 para os amigos do Ronaldo. A correspondente da BBC Brasil no Rio de Janeiro, Júlia Dias Carneiro, que acompanhou o jogo do local, escreveu em seu Twitter que o clima era de festa no entorno do estádio. Porém, do lado de fora, segundo ela, manifestantes fizeram um pequeno protesto, carregando faixas com frases como "O Maracanã é nosso".

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Ao final do primeiro tempo, o ex-jogador Ronaldo e atual integrante do Comitê Organizador Local (COL) da Copa de 2014, comentou a reforma. "O gramado está maravilhoso. A bola está correndo igual a campo de futebol europeu. É uma honra estar aqui nesse momento. O Maracanã é um símbolo do Brasil", disse Ronaldo ao fim do primeiro tempo em entrevista ao canal pago SportTV, da Globosat.

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Cerca de 27 mil pessoas participaram do evento deste sábado, número equivalente a 30% da capacidade total do novo Maracanã, de 78.639 pessoas.


A reinauguração do estádio contou com a presença da presidente Dilma Rousseff, que chegou ao local depois da 18h, a convite do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva também participou do evento de reabertura.

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O show começou com apresentações dos cantores Naldo, Martinho da Vila, Neguinho da Beija-Flor e Preta Gil. Antes de a partida começar, foi a vez de os cantores Fernanda Abreu, Eduardo Dusek, Sandra de Sá e Ivan Lins, vestidos com as camisas dos quatro grandes clubes cariocas, Vasco, Botafogo, Flamengo e Fluminense, respectivamente, interpretarem o Hino Nacional.


Além do jogo deste sábado, haverá outros dois antes da Copa das Confederações, no dia 15 de junho: uma no próximo dia 15 de maio, com 50% da capacidade do estádio, e outra no dia 2 de junho, quando Brasil e Inglaterra se enfrentam em um amistoso.

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Polêmicas


Cercada de polêmicas, a reforma, que tem índice de conclusão de 97% (faltam catracas e bilheterias, além de retoques na área externa), custou R$ 859,5 milhões, acima da previsão oficial de R$ 705 milhões.

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O redesenho do Maracanã, que começou em agosto de 2010, foi bancado inteiramente por recursos públicos e realizado pelas construtoras Odebrecht e Andrade Gutierrez.


Inicialmente, a construtora Delta, de Fernando Cavendish, participava do consórcio, mas abandonou as obras em abril do ano passado, alegando dificuldades financeiras. A saída da Delta coincidou com acusações de envolvimento de Cavendish com o esquema ilegal do contraventor Carlinhos Cachoeira.

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Ao longo da reforma, o custo da obra também chegou a ser elevado para R$ 956,8 milhões, mas após um parecer do Tribunal de Contas da União (TCU) apontar sobrepreço, a reforma foi reavaliada e seu preço reduzido para o valor atual, de R$ 859,5 milhões.


Além disso, o estádio também foi palco de uma manifestação de indígenas contra a demolição do Museu do Índio, que agora será restaurado pelo vencedor da licitação do complexo.

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Licitação


No início deste mês, foi feita uma licitação para definir quem administrará pelos próximos 35 anos não só Maracanã, mas também o Ginásio Gilberto Cardoso, conhecido como Maracanãzinho, e as áreas do entorno, que compõem o chamado Complexo Maracanã.


Apesar de os envelopes com os valores ofertados já terem sido abertos, o vencedor ainda não foi revelado. Dois consórcios disputaram o certame: o Maracanã S/A, formado pelas empresas brasileiras IMX, Odebrecht e Andrade Gutierrez, e o Complexo Esportivo e Cultural do Rio, composto pela brasileira OAS, a holandesa Stadion Amsterdam e a francesa Lagardère Unlimited.


Houve críticas porque uma das empresas interessadas na licitação, a IMX, do empresário Eike Batista, foi encarregada de realizar o estudo de viabilidade econômica do complexo. Segundo o levantamento, os lucros do vencedor da licitação podem chegar a R$ 1,4 bilhão durante o período da concessão.


O responsável pela gestão, operação e manutenção do complexo também terá de realizar, por sua conta e risco, uma série de ações e intervenções no entorno do estádio, as chamadas "obras incidentais", no valor de R$ 594 milhões. Caso o valor gasto seja inferior a esse montante, a diferença deverá retornar aos cofres do governo.


A empresa vencedora também terá de implantar um Museu do Futebol e um estacionamento no entorno do estádio, além de restaurar o antigo Museu do Índio, que até recentemente era ocupado por indígenas.


Em contrapartida, a concessionária terá o direito de explorar economicamente o Maracanã e o Maracanãzinho, realizar atividades comerciais nas áreas do entorno do estádio, além de poder explorar e licenciar a marca Macaranã, inclusive para fins publicitários.

Nos termos da licitação, também está previsto que a empresa que ganhar o certame terá de pagar um mínimo de R$ 4,5 milhões anuais ao governo, uma espécie de "aluguel" pelo espaço, durante os próximos 35 anos (porém, não haverá pagamento nos dois primeiros anos).


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