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Após morte, setor da Arena Pantanal é interditado

Agência Estado
09 mai 2014 às 16:45

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O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) interditou nesta sexta-feira um setor da Arena Pantanal, onde na quinta morreu o operário Muhammad''Ali Maciel Afonso, de 32 anos. O órgão decidiu interditar "as atividades de manutenção e intervenção em linhas energizadas" do estádio de Cuiabá, futura sede da Copa do Mundo, após vistoria realizada ainda na quinta-feira.

Maciel Afonso morreu ao sofrer uma descarga elétrica quando fazia a instalação de uma luminária de 40 centímetros sob uma escada no nível 2, do Setor Leste da Arena. Depois do acidente, a empresa para a qual o operário trabalhava, a Etel, garantiu que ele utilizava os devidos equipamentos de segurança. A empresa integra o Consórcio CLE, responsável pela instalação dos equipamentos de tecnologia, informação e comunicação do estádio.

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Ainda na noite de quinta, o secretário extraordinária da Copa, Maurício Guimarães, confirmou que ele não usava luvas quando correu o acidente. E, segundo o chefe da fiscalização da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de Mato Grosso, José Almeida, houve desvio de função porque o operário não estava capacitado para exercer a função de eletricista.

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De acordo com Almeida, a interdição de parte da Arena será mantida até que a empresa Etel comprove a segurança operacional para o trabalho dos operários. "O que aconteceu nesse setor pode acontecer em outro porque não há um procedimento de trabalho. É uma questão preventiva. Estamos observando aqui o princípio da prevenção", disse o chefe da fiscalização.

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Quanto ao suposto desvio de função de Maciel Afonso, a procuradora do Trabalho, Marselha Silvério de Assis, instaurou no Ministério Público do Trabalho (MPT) um inquérito civil para apurar a responsabilidade das empresas no caso.


"O direito ao meio ambiente do trabalho saudável decorre do direito do trabalhador à saúde e à segurança e está garantido na Constituição Federal. A CLT [Consolidação das Leis Trabalhistas], por sua vez, determina que o cumprimento das normas trabalhistas e, por consequência, a manutenção da saúde do trabalhador, é dever do empregador, razão pela qual necessária se faz a investigação das causas do acidente ocorrido", declarou.

ACIDENTE - De acordo com os peritos da Polícia Técnico-Científica (Politec), que estiveram no local do acidente, Maciel Afonso também sofreu uma queda da escada depois de levar a descarga elétrica. A queda, que não havia sido confirmada pelas autoridades na quinta, teria sido atestada por um corte na cabeça do operário. A causa da morte, contudo, teria sido mesmo a descarga de 220 volts.


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