Menos de um ano depois, o Boca Juniors obteve sua vingança contra o Corinthians. Após ser derrotado na final da Copa Libertadores de 2012, o time argentino empatou com o time brasileiro por 1 a 1 na noite desta quarta-feira e eliminou o atual campeão no mesmo Pacaembu em que foi superado na decisão do ano passado.
O Boca alcançou as quartas de final porque havia vencido o jogo de ida, em Buenos Aires, por 1 a 0. No placar agregado, sacramentou a classificação por 2 a 1. Com o resultado, o técnico Carlos Bianchi manteve o tabu de jamais ser eliminado por um time brasileiro no mata-mata da Libertadores.
Nas quartas, o tradicional clube argentino fará um confronto nacional contra o Newell''s Old Boys, que avançou ao eliminar outro time do mesmo país, o Vélez Sarsfield. Nesta quarta, o Newell''s venceu por 2 a 1 e reverteu a vantagem do rival, vitorioso na ida por 1 a 0, por ter marcado mais gols fora de casa.
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O JOGO - O Corinthians esteve longe de mostrar nesta quarta a mesma agressividade apresentada contra o Santos, no domingo. Nervoso em campo, sucumbiu aos erros nos primeiros minutos e não emplacava dois passes certos em sequência. Do outro lado, o Boca se armava na defesa, adiantava a marcação e valorizava a posse de bola.
Assim, o time argentino inverteu os papéis no primeiro tempo deste segundo duelo com o Corinthians. Apesar da vantagem construída no jogo de ida, dominava a partida e tinha maior presença no ataque. A equipe brasileira, por sua vez, falhava na saída de bola e se mantinha na defesa, mesmo com a obrigação de reverter o confronto, liderado pelo rival, em razão do 1 a 0 da ida.
Com dificuldades em campo, o Corinthians ainda sofreu com falhas do árbitro. A primeira surgiu logo aos 8 minutos, quando Emerson invadiu a área e foi bloqueado por Marín, que desviou a bola com a mão dentro da área. O juiz não assinalou o pênalti e ainda advertiu o atacante com cartão amarelo por reclamação.
Aos 23, nova falha custou um gol aos brasileiros. Romarinho recebeu enfiada de Emerson, saiu na cara do gol e mandou para as redes na saída do goleiro argentino. O árbitro, porém, assinalou o impedimento equivocado.
Os erros deixavam os corintianos ainda mais nervosos em campo. Para compensar, tentavam acelerar o jogo, mas se perdiam na pressa. Nesse ritmo confuso, mal viram quando Riquelme investiu pela direita e arriscou chute inesperado, de longe. A bola encobriu Cássio, adiantado, e silenciou o Pacaembu, aos 24.
O gol complicou ainda mais a situação do Corinthians. Para alcançar a classificação, o time precisaria marcar pelo menos três gols. Ciente dessa necessidade, Tite mudou o time e começou o segundo tempo com Edenílson e Pato nas vagas de Alessandro e Romarinho.
Mais agressivo, o Corinthians iniciou a segunda etapa em ritmo acelerado. Antes do primeiro minuto, Danilo já enchia o pé dentro da área, parando somente na defesa do bem colocado Orión.
A pressão inicial deu resultado aos 5 minutos. Emerson fez cruzamento preciso da direita e Paulinho acertou a cabeça para empatar o jogo. O empate deu novo fôlego aos corintianos, que partiram para o ataque e passaram a acumular chances desperdiçadas. Pato e Paulinho perderam grandes oportunidades de gol.
Enquanto isso, o Boca continuava assustando em lances pontuais no ataque. Aos 13, Riquelme e Blandí tiveram boas chances em sequência. Aos poucos, o volume de jogo dos brasileiros arrefeceu e os argentinos equilibraram as ações, com maior precisão e na defesa e maior presença no meio-campo. Assim, neutralizou o Corinthians e garantiu a classificação.
Após a eliminação, o Corinthians dará sequência a sua maratona de jogos decisivos neste domingo, no segundo jogo da final do Paulistão. O confronto com o Santos, na Vila Belmiro, está marcado para as 16 horas.