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Copa no Brasil

Confirmado no cargo, técnico do Egito critica pressão

Agência Estado
21 out 2013 às 15:43

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A federação egípcia de futebol confirmou nesta segunda-feira que o norte-americano Bob Bradley segue no cargo apesar da goleada de 6 a 1 sofrida diante de Gana, fora de casa, terça-feira passada. O treinador, porém, já avisou que, caso não consiga um milagre em novembro e classificar o Egito para a Copa, o trabalho será interrompido.

"Se não conseguirmos um milagre, terei que ir embora", disse técnico da seleção do Egito. "Irei triste por todos, mas consciente de que demos tudo para nos classificar", completou o treinador, pessimista quanto às possibilidades de o Egito vencer por seis ou mais gols de diferença na volta, dia 19 de novembro, no Cairo.

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O Egito vive um período de turbulência política que tem se estendido ao futebol. No ano passado, dezenas de pessoas morreram em incidentes dentro de estádios. O país confiava na classificação para a Copa para restaurar o orgulho nacional e tentar amenizar as divisões políticas e sociais que se acentuaram desde a queda do presidente Hosni Mubarak, em 2011, e a deposição do seu sucessor, Mohammed Morsi, eleito democraticamente.

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"Quando saímos do campo na semana passada em Gana, os jogadores tinham um grande peso nas costas. O que se pede a eles é demais", reclamou Bradley.


O jogo do dia 19 está agendado para acontecer no Cairo, mas os ganeses já pediram à Fifa para que o confronto seja em campo neutro, sob a alegação de que é perigoso demais realizar uma partida na capital do Egito. Pelo menos 51 pessoas foram mortas em confrontos no Cairo no início do mês, em atos ligado à destituição de Mursi. Diante da grande possibilidade de o Egito ficar fora da Copa, a chance de atos violentos acontecerem crescem potencialmente.

Sete vezes campeão africano, sendo três vezes nas últimas cinco edições (2006, 2008 e 2010), o Egito não joga uma Copa do Mundo desde 1990. A equipe só participou de dois Mundiais até hoje, o primeiro deles em 1934. Nas duas vezes jogou na Itália. Vivendo de altos e baixos, o time egípcio sequer conseguiu a classificação para as duas últimas edições da Copa Africana de Nações (2012 e 2013).


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