A defesa de Daniel Alves, acusado de estupro na Espanha, pediu o anulamento do julgamento que começou nesta segunda-feira (5) por um suposto "processo paralelo nos meios de comunicação".
De acordo com Inés Guardiola, advogada do ex-jogador de Barcelona, Juventus, PSG e São Paulo, a cobertura da imprensa a respeito do caso violou a presunção de inocência do réu.
Ela levou ao Tribunal de Barcelona um dossiê com 450 notícias sobre a acusação, denunciando a veiculação constante de informações para retratar Alves como "agressor sexual".
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Além disso, a defesa alega que o juiz de instrução foi influenciado pela mídia ao decidir pela prisão preventiva do lateral-direito. A corte deve se pronunciar sobre o pedido de anulamento ainda nesta segunda-feira.
Alves é acusado de ter estuprado uma mulher no banheiro de uma boate em Barcelona, na Espanha, em dezembro de 2022, e o Ministério Público pede uma condenação a nove anos de cadeia e 150 mil euros (R$ 800 mil) de multa.
O jogador está preso preventivamente desde 20 de janeiro de 2023, depois de ter dado versões contraditórias sobre o caso. Inicialmente, negou ter tido relações sexuais com a acusadora, mas depois alegou que tratou-se de um ato "consensual".
O Tribunal de Barcelona reservou três dias para o julgamento de Daniel Alves, um dos maiores colecionadores de títulos na história do futebol.