A vitória do São Paulo por 2 a 1 sobre o The Strongest, válida pelo Grupo 3 da Libertadores pode ter garantido três pontos para o clube, mas não empolgou o vice-presidente de futebol João Paulo de Jesus Lopes. Após a partida, o dirigente criticou a exibição, e disse que a atuação tricolor foi 'vergonhosa'.
- O resultado me agradou, a atuação me envergonhou. O time todo foi muito mal, tudo bem que jogamos contra um time que lutou muito, se matou, mas me envergonhou. Não gostei do que foi apresentado. Não vai mais ter esse nível de atuação, vamos chegar longe e ser campeões, até porque temos um bom grupo e um técnico excelente - disse Jesus Lopes, à Rádio Bandeirantes.
Depois, em entrevista coletiva, Ney Franco disse não ter gostado da declaração, defendeu a equipe e falou que a crítica deveria ser interna, e não pública. Como resposta, disse que também pode, em outra oportunidade, criticar a diretoria publicamente.
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- Esse tipo de declaração eu acho que nunca é boa, principalmente de quem está dentro, é o tipo de declaração que pode ficar mais interna. É uma opinião de dirigente misturada com torcedor, tomara que o grupo nosso entenda bem isso, mas não vejo problema nenhum em reclamar publicamente, como em algum momento a gente também pode reclamar algo da parte diretiva - respondeu o treinador.
O treinador também procurou minimizar a crítica do vice-presidente, e citou que só quem está no campo sabe, de fato, da dificuldade da partida. - Não quero fazer uma confusão por causa da declaração de um diretor, passa batido. Na minha opinião foi uma vitória difícil. Só quem está ali no campo, na lateral, sabe a dificuldade do jogo - acrescentou Ney, que disse que a declaração o "surpreendeu muito".
Na última pergunta da entrevista coletiva, sem relação com a declaração de João Paulo de Jesus Lopes, Ney ainda deixou fugir uma alfinetada ao dirigente. Questionado sobre a punição da perda de um mando de campo no Morumbi, o técnico disse que o departamento de futebol está nas mãos de Adalberto Baptista, diretor de futebol.
- Na época que teve essa possibilidade, fiz um pedido ao Adalberto, que é a pessoa que realmente resolve os problemas do futebol no São Paulo, falei para ele da possibilidade do Atlético-MG jogar aqui, o Adalberto correu atras e conseguiu isso junto com o jurídico - concluiu.