Dorival Júnior chegou para a entrevista desta sexta-feira com um semblante mais sério. Às vésperas do jogo contra o Atlético-PR, no qual o Palmeiras define sua permanência na Série A, o treinador mostrou incômodo com o aumento da pressão no clube, mas se recusou a considerar que está sendo fritado no Verdão.
- Sinceramente: depois de alguns anos no futebol, nada mais me surpreende. Tudo vai acontecer e vai ser normal. No nosso país, tudo acontece e é normal - disse o treinador.
O treinador tem contrato até junho de 2015, mas cresce uma corrente para que Dorival seja demitido ao término do Brasileirão. O treinador já avisou que no fim do ano entregará o cargo para que a diretoria estude o que deseja fazer na nova gestão de Paulo Nobre.
Leia mais:
Flamengo supera Atlético-MG em MG e conquista penta da Copa do Brasil
Palmeiras precisa voltar a respirar ares democráticos, diz candidato da oposição
Neymar faz chamada de vídeo parabenizando Sub-17 do Santos campeão paulista
Léo Ortiz e Martinelli são convocados para substituir Militão e Rodrygo
- Tem situações que são até desrespeitosas. Ontem colocaram coisas de briga interna no clube, mas não se comprovam as coisas. Jogam as coisas na mídia sem base nenhuma. Todos temos que repensar o futebol brasileiro. No Brasil, muitos apagam as luzes, mas poucos acendem. Isto tira a motivação e nos distancia - reclamou o palmeirense.
Dentro do elenco o treinador tem de lidar com insatisfações, também. Mouche reclamou em entrevista à uma rádio argentina sobre a falta de sequência no time titular. O técnico admitiu que usa pouco o camisa 14, mas se recusou a dizer que dá poucas chances aos outros argentinos.
- O Cristaldo tem nove jogos em sequência comigo. O Allione sempre que é titular, acaba expulso (foram dois vermelhos), o Tobio é titular do time e o Mouche realmente não teve sequência. todos tiveram oportunidades, menos o Mouche. Se olhar bem, o Felipe Menezes e o Diogo tiveram muitos oportunidades do que o Cristaldo comigo - acrescentou