A derrota por 1 a 0 e o mau futebol exibido pela seleção brasileira contra a Suíça, quarta-feira passada, na Basileia, foram explicados por Luiz Felipe Scolari, que apontou o pouco tempo para treinos e o desgaste físico dos jogadores como causadores do desempenho. Mas para os amistosos diante de Austrália, no dia 7 de setembro, no Estádio Mané Garrincha, e Portugal, três dias depois, em Boston, nos Estados Unidos, o técnico não quer saber de justificativas e cobrou evolução em campo.
"Temos que dar um passo mais à frente em relação ao dado na Suíça. Estamos em melhores condições do que naquele momento, vamos exigir mais já contra a Austrália. E depois temos Portugal, que é um jogo mais forte, mais difícil. Mas a Austrália é o importante em um primeiro momento e com ela que estamos preocupados", declarou nesta quarta-feira, após o anúncio dos 22 convocados para os jogos.
No amistoso contra a Austrália, a seleção brasileira terá pela frente uma das equipes que já garantiram vaga para a Copa do Mundo do ano que vem. Um bom teste para quem oscilou atuações boas, como as que garantiram o título da Copa das Confederações em junho, e ruins, como diante da Suíça. Para Felipão, a força coletiva dos australianos será o principal obstáculo.
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"O que eu percebi da Austrália, com os jogos das Eliminatórias, é que tem muitos jogadores que atuam em clubes europeus. É uma seleção formada por jogadores de bom porte físico, de bastante potencial. Já está classificada para o Mundial. Não falamos de nomes de destaque individualmente, mas formam uma boa equipe", avaliou.
Diante de Portugal, no entanto, a situação é diferente. A seleção europeia conta com nomes de destaques, como Pepe, Nani e Cristiano Ronaldo, mas ainda enfrenta uma dura disputa com Rússia e Israel no Grupo F das Eliminatórias Europeias na busca por uma vaga na Copa do Mundo. O duelo será especial para Felipão, que treinou o time português entre 2002 e 2008 e guarda muito carinho pelo país.
"Vai ser um jogo diferente. Quando estávamos lá jogamos e ganhamos duas vezes do Brasil por Portugal. Mas agora precisamos ganhar deles. Quando enfrentávamos o Brasil era estranho, dava um nó na garganta. Agora é quase a mesma situação, mesmo não sendo português, pela amizade, o relacionamento espetacular junto à federação, ao povo português, mesmo tendo saído de lá em 2008. Então vai ser ótimo reencontrá-los", disse o treinador.