A Fifa vive mais uma crise. Neste fim de semana, o cartola responsável por controlar e chancelar as contas da entidade foi preso. O motivo: suspeita de corrupção. Canover Watson integra o Comitê de Auditoria e Fiscalização de Normas da Fifa. Sua escolha para participar do grupo parece não ser por acaso. O cartola é das Ilhas Cayman, um dos principais paraísos fiscais do mundo e com uma tradição nula no futebol.
Watson, que negou as acusações e pagou uma fiança para responder em liberdade, agora terá de dar explicações à Fifa. A entidade, ontem, se recusou a afastá-lo. "Nego as acusações. No devido tempo, na hora certa e no fórum apropriado, eu anseio por expor minha posição em maior detalhe", disse Watson.
Tentando demonstrar estar preocupada com a situação, a Fifa emitiu um comunicado indicando que cobrou um posicionamento de seu cartola. O governo das Ilhas Cayman, apontou em nota que Watson é suspeito de uma "quebra de confiança contrária à seção 13 da Lei Anticorrupção das Ilhas Cayman, bem como de abuso de cargo público e conflito de interesses".
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Além de corrupção, ele foi preso por lavagem de dinheiro em um caso envolvendo a introdução de um sistema de cartões magnéticos no sistema de saúde da ilha. Watson foi o diretor da Autoridade de Serviço de Saúde de Cayman.
CASOS - Permeada por casos de corrupção, o presidente da Fifa, Joseph Blatter, colocou a ética como sua principal bandeira para as eleições de 2015. Em setembro ainda ele patrocina em Zurique um seminário mundial sobre o assunto. Ele ainda promete decisões sobre a escolha do Catar para sediar a Copa de 2022. No entanto, o cartola se recusa a publicar sua renda, explicar os salários de dirigentes da Fifa e de investigar o passado da organização.