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Jogador do Milan

Inquérito deve ser aberto após racismo a Boateng

Agência Estado
04 jan 2013 às 13:34

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Um promotor público vai abrir um inquérito criminal após um amistoso entre Milan e Pro Patria ser abandonado pelos jogadores do clube de Milão, que tiveram seus jogadores negros como alvo de cânticos racistas. A promotoria da cidade de Busto Arsizio deve realizar a acusação de incitação ao ódio racial dos fãs do Pro Pátria. Um torcedor admitiu seu envolvimento após ser interrogado pela polícia.

Depois de repetidos cânticos durante o jogo de quinta-feira, o meio-campista ganês Kevin-Prince Boateng chutou a bola com raiva em um setor da arquibancada, tirou a camisa e saiu do campo com o resto da equipe do Milan. Outros jogadores do time - Urby Emanuelson, Sulley Muntari e M''Baye Niang - também foram alvo dos cânticos. A Federação Italiana de Futebol anunciou na quinta-feira que vai investigar o caso.

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"Obrigado a todos pelo apoio e compreensão... Significa muito!", escreveu, no Twitter, Boateng, que foi alvo do apoio de várias pessoas ligadas ao futebol nas últimas horas, incluindo o ex-jogador Lilian Thuram. O francês, que jogou na Itália por Parma e Juventus, observou que foi "a primeira vez que um grande clube, assumiu a responsabilidade de tomar um passo tão decisivo".

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"Indiferença prevalece na maioria dos casos", disse Thuram à Gazzetta dello Sport. "Companheiros de time tendem a abaixar seus olhos e procurar outro lugar, subestimar o sofrimento dos jogadores negros que são alvos. É por isso que eu aplaudo a sensibilidade de um grande jogador como Massimo Ambrosini ((capitão do Milan)", acrescentou. "Ele assumiu a responsabilidade, o que dá uma enorme ajuda para a luta contra o racismo".

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Enquanto isso, o presidente do Pro Patria, Pietro Vavassori, anunciou que iria abrir


estádio do clube para "todas as pessoas de cor" no seu próximo jogo, convidando-os a sentar-se na tribuna de honra. "Nossa esperança é de que os outros clube da terceira e quarta divisões também apoiem esta iniciativa,", disse. "As pessoas que fizeram os cânticos não são torcedores comuns, mas sim pessoas que vieram ao estádio com a intenção de arruinar uma partida festiva". Vavassori acrescentou que a reação de Boateng foi "compreensível".

O sindicato dos jogadores internacionais, o FIFPro, também expressou seu apoio à posição do Milan. "O mundo do futebol tem de perceber que este comportamento abusivo deve parar. Racismo não tem lugar na sociedade ou no futebol. Os jogadores do Milan enviaram uma mensagem clara: se o racismo não parar, então o futebol vai".


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