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Imbróglio...

Justiça bloqueia bens de investigados por fraude no Ministério do Esporte

Agência Estado
30 jun 2015 às 16:41

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- Reprodução
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Três anos após o desencadeamento da Operação Gol de Mão, que identificou fraudes de cerca de R$ 13 milhões em convênios da ONG Bola Pra Frente com o Ministério do Esporte, a Justiça Federal decretou a indisponibilidade dos bens imóveis registrados em nome de 20 réus, entre pessoas físicas e jurídicas, envolvidos no esquema que derrubou o ministro Orlando Silva (PCdoB-SP).

O bloqueio dos bens foi pedido pelo Ministério Público Federal (MPF) de Campinas, no interior de São Paulo. O órgão ajuizou uma ação civil de improbidade administrativa no ano passado, indiciando nove pessoas, entre elas a ex-vereadora de Jaguariúna (SP) e ex-jogadora de basquete Karina Valéria Rodrigues, apontada como líder do esquema. Ela nasceu na Argentina e se naturalizou brasileira para reforçar a seleção de Paula, Hortência e Janeth.

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As investigações conjuntas do Ministério Público Federal, da Polícia Federal e da Controladoria Geral da União apontam que, em 2013, Karina montou, com outros integrantes do esquema, a ONG Bola Pra Frente, depois denominada Pra Frente Brasil.

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A ex-vereadora é apontada como gestora da ONG, ainda que não constasse no quadro administrativo da entidade. Entre 2006 e 2010, a Bola pra Frente celebrou nove convênios com o Ministério dos Esportes, em valor total de R$ 25,9 milhões, para a execução de projetos do Programa Segundo Tempo .

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O MPF de Campinas acusa a ONG de desviar recursos por meio de licitações direcionadas. Karina e seu grupo teriam aberto seis empresas cuja única finalidade era participar de pregões que a ONG promovia. Três dessas companhias foram vencedoras em pelo menos 15 licitações para a contratação de materiais esportivos e kits de alimentação.


O MPF pede que os réus sejam condenados a ressarcir o erário e ao pagamento de multas. Paralelamente ao processo civil, integrantes do grupo respondem também a duas ações penais. Em uma delas, Karina e outras sete pessoas foram denunciadas por formação de quadrilha, peculato e fraude em licitação.

De acordo com o MPF, uma audiência de instrução e julgamento está agendada para o próximo mês e Karina pode pegar até 639 anos de prisão pelos 66 delitos atribuídos a ela. Na outra ação penal, Karina e outros cinco denunciados respondem por lavagem de dinheiro.


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