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Após morte de torcedor

MP decide investigar violência de torcidas organizadas

Agência Brasil
26 mar 2012 às 15:42

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O corpo do torcedor do Palmeiras André Alves, de 21 anos, morto na noite de domingo (25), durante uma briga entre integrantes das torcidas Mancha Alviverde e Gaviões da Fiel, será enterrado nesta tarde no Cemitério Jaraguá. Ele foi baleado na cabeça e encaminhado para o Hospital de Vila Cachoeirinha, mas não resistiu aos ferimentos, que provocaram perda de massa encefálica. Mais seis feridos durante a briga foram hospitalizados. Entre eles, há um jovem de 19 anos, internado em estado grave na unidade de terapia intensiva (UTI) do hospital.

O conflito, envolvendo cerca de 300 torcedores do Palmeiras e do Corinthians, ocorreu pouco depois das 9h de ontem, na Avenida Inajar de Souza, zona norte da capital paulista, bem antes do clássico entre as duas equipes, válido pelo Campeonato Paulista, e distante do local do jogo, o Pacaembu, na zona oeste. O caso foi registrado no 72º Distrito Policial e será investigado pela Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância.

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Segundo o porta-voz da Polícia Militar, major Marcel Lacerda Soffner, não houve negligência do sistema de policiamento. Quando há eventos do gênero, é feito um trabalho preventivo, com reuniões entre líderes de torcidas, integrantes da Federação Paulista de Futebol e representantes da área de segurança pública, informou Soffner. Paralelamente, são monitorados os sites de relacionamentos pela internet e, segundo ele, nenhuma combinação prévia foi encontrada.

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"O que houve foi uma situação pontual, para a qual destacamos viaturas para fazer a escolta da torcida do Palmeiras, que estava na Avenida Inajar de Souza, por volta das 10h15. Era uma situação de normalidade", disse ele. Quando a confusão começou, a prioridade dos policiais foi atender as vítimas e dissipar os manifestantes. Ainda assim, duas prisões foram feitas no local. A polícia, no entanto, ainda investiga o autor do disparo que matou o jovem torcedor do Palmeiras.

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De acordo com o major, 660 policiais foram destacados para o trabalho, que teve o apoio de 150 viaturas e helicópteros para acompanhar o movimento das torcidas no entorno do estádio.


O promotor Thales César de Oliveira, coordenador do Plano de Ação de Jogos de Futebol do Ministério Público Estadual, formado por 11 promotores, informou que até quarta-feira (28) se reunirá com representantes da Federação Paulista de futebol e demais envolvidos no caso, como policiais civis e militares, para decidir que medidas podem ser adotadas para coibir essa onda de violência. "É um fato lastimável, e estamos muito preocupados, porque a violência, se não havia desparecido por completo, estava minimizada", afirmou.

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Para o promotor, trata-se de uma questão de intolerância. "A nossa sociedade é. muitas vezes, intolerante com a adversidade, com opções diferentes das suas e, no futebol, isso é potencializado pela paixão que a pessoa tem, não necessariamente pelo time pelo qual torce, mas pela torcida organizada."


Um dos feridos no confronto, internado no Hospital do Mandaqui, é Gabriel Carlos, de 23 anos, que levou um tiro na bacia, foi submetido a procedimento vascular e está em observação. No Hospital Cruz Azul, Osvaldo Pires da Silva Júnior, outro ferido, tem quadro estável, mas não corre o risco de morrer. Segundo boletim médico, ele sofreu fraturas nas duas mãos e ferimentos na cabeça. Dos quatro que foram socorridos no Hospital São Camilo, no bairro da Pompeia, apenas um continua internado em estado grave, com politraumatismo.

A briga de ontem ocorreu dez dias depois de uma confusão entre torcedores do Guarani e da Ponte Preta, em Campinas, no interior paulista, que resultou na morte de Anderson Ferreira, de 28 anos, torcedor do Guarani. Ele foi espancado com barras de ferro e de madeira em frente ao Estádio Brinco de Ouro e morreu três dias depois.


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