Neymar não ficou em cima do muro para responder à sugestão do técnico da seleção brasileira, Mano Menezes, para que ele jogue pelo menos um ano da Europa antes da Copa do Mundo de 2014. Para o treinador, a transferência seria boa para o desenvolvimento do jogador, além de tirá-lo da exposição excessiva em razão de seus inúmeros compromissos publicitários, única maneira de mantê-lo no Brasil. Antes de embarcar para o Peru, onde o Santos encara o Juan Aurich, Neymar foi objetivo na resposta.
"Desde que subi para o profissional, há três anos querem me mandar embora do Brasil. Mas não vou mudar o meu pensamento. Estou feliz no Santos e quero ficar aqui por mais um bom tempo", afirmou a estrela santista. Nem mesmo ao saber que o conselho agora partiu do técnico da seleção brasileira ele mudou o tom. "Cada um tem sua opinião. Quando achar que tenho que ir embora, eu vou, mas não é o momento. Eu falei que vou ficar até 2014", disse.
Nos próximos dias, Neymar deverá assinar o 10.º contrato de publicidade, com uma montadora de veículos, o que deverá fazer com que o seu rendimento mensal salte para aproximadamente R$ 3 milhões mensais, superior ao de muitos grandes jogadores que atuam na Europa. Segundo Muricy Ramalho, até agora os compromissos com patrocinadores não estão atrapalhando as atividades profissionais do mais badalado jogador do futebol brasileiro da atualidade.
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No embarque do time para o Peru, como os demais jogadores santistas, Neymar admitiu saber muito pouco sobre o Juan Aurich, adversário de quinta-feira pela terceira rodada do Grupo 1 da Copa Libertadores, no estádio Elias Aguirre, em Chiclayo. "Pelo que conversei com Leandro Damião (centroavante do Internacional, que já jogou contra os peruanos) é um time retranqueiro. Amanhã (quarta), o professor Muricy vai nos passar informações e também vamos assistir a alguns vídeos".
Embora já tenha jogado duas vezes em gramado sintético pela seleção sub-17, em 2009, no Mundial disputado na Nigéria, e ter um campo com grama artificial na sua casa em um luxuoso condomínio fechado do Guarujá, Neymar acha que o gramado diferente será um obstáculo a mais. "Às vezes, nas folgas, eu brinco nesse tipo de campo, mas é diferente. Vamos ter que superar mais essa dificuldade. Além disso, como o adversário ainda não jogou em casa pela Libertadores, não sabemos como vai se comportar no seu campo e com apoio da torcida", finalizou Neymar.
O time vai pernoitar na capital peruana e viaja quarta à tarde para Chiclayo, com chegada prevista para as 17h30. No começo da noite, Muricy vai comandar um treino leve de adaptação ao campo do estádio Elias Aguirre. O Santos viajou escalado com Rafael; Fucile, Edu Dracena, Durval e Juan; Arouca, Henrique, Ibson e Ganso; Borges e Neymar. A novidade na delegação é Adriano, que voltou a jogar sábado passado, contra o Mogi Mirim, depois de mais de três parado em razão da cirurgia no tornozelo direito.