A Confederação Brasileira de Futebol terá um novo presidente a partir de abril de 2014. Para que uma chapa possa ser registrada na eleição, o estatuto da CBF obriga que tenha o apoio de oito dos 27 presidentes de federações estaduais e de cinco dos 20 mandatários de clubes da Série A. E Andrés Sanchez, um dos líderes da oposição, garante: esse mínimo de votos já é uma realidade.
De acordo com o ex-presidente do Corinthians, que tem boas chances de ser o candidato contra o situcionista Marco Polo del Nero, essa obrigatoriedade da quantidade de votos é uma manobra usada pela situação diante de possíveis vozes contra na entidade.
- Precisa ter a assinatura pública de oito federações e cinco clubes. Isso é o que diz o estatuto hipócrita e ridículo da CBF, pois qualquer cidadão brasileiro deveria poder ser candidato. Eles fazem de tal maneira para dificultar tudo - afirmou o ex-presidente corintiano, em entrevista à rádio Bandeirantes.
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Questionado sobre a disputa do próximo mês de abril, Andrés demonstrou confiança, mas manteve os pés no chão.
- Está melhor do que a gente imaginava, está todo mundo da oposição viajando, ninguém fala "não" e ninguém fala "sim", isso só se decidirá no dia da urna, eleição é eleição. Confiar dá, mas quebrar o sistema é complicado, se tem medo de retaliação. O modus operandi (modo de operação) hoje em dia é difícil - lembrou.
Andrés fez questão de lembrar que a próxima eleição na CBF poderá ser a última chance de uma alternância de poder na entidade máxima do futebol brasileiro.
- Não apenas federações e clubes, o torcedor como um todo anseia por mudança. O futebol brasileiro ficou mais rico, mas os clubes continuam com problemas financeiros. Tem de ter uma mudança de filosofia, temos de ver o que queremos para o nosso futebol depois da Copa. É uma oportunidade única, se passar essa chance dificilmente teremos uma reviravolta depois - avisou.
Por fim, Andrés evitou se colocar como o candidato da oposição. Ele preferiu manter o mistério.
- Estamos no processo eleitoral, que cresce a cada dia. Até o final de janeiro será escolhido - finalizou.
Dos 47 votos (27 presidentes de federações e 20 presidentes de clubes da Série A), ganhará a eleição quem alcançar 24. Ou seja, a metade e mais um.