O Campeonato Brasileiro ainda está longe do fim, mas Palmeiras e Santos colocam como fundamental o clássico deste sábado, marcado para começar às 18h30, no Pacaembu. Mas eles têm objetivos diferentes. Por motivos óbvios, ninguém fala em título. A distância para o líder Atlético-MG é grande e a preocupação dos dois rivais é outra.
O Palmeiras está bastante temeroso com o rebaixamento - tem apenas 16 pontos. E vencer o rival neste sábado significa terminar o primeiro turno do Brasileirão mais distante da zona de perigo. Já o Santos quer o triunfo para poder começar a segunda metade da competição com ânimo em busca de uma vaga na Libertadores de 2013.
O jogo do Pacaembu não se torna apenas distinto nos objetivos dos times. Basta ver a escalação dos dois. O empolgado Santos vem de quatro jogos de invencibilidade (três vitórias e um empate) e aposta nos seus astros, como Neymar e Ganso, para vencer e chegar aos 26 pontos. O Palmeiras, por outro lado, continua remendado, com um total de 11 desfalques.
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Apesar de contar com a volta do meia chileno Valdivia, que estava com dores na coxa esquerda e foi poupado da partida de quarta-feira contra o Botafogo pela Copa Sul-Americana (que lhe valeu a vaga nas oitavas de final), o Palmeiras somou mais dois jogadores no departamento médico: o zagueiro Román e o meia Patrik. E ainda não terá o suspenso zagueiro Thiago Heleno.
Apesar dos vários problemas, a confiança do elenco palmeirense pode ser o diferencial no clássico desta noite. E ninguém está mais empolgado que Barcos, após ser convocado pela primeira vez para a seleção argentina. "É um sonho representar meu país. Estava esperando a oportunidade e agora não posso deixá-la passar", falou o artilheiro do Palmeiras.
Enquanto não viaja para os dois jogos das Eliminatórias da Copa, no próximo mês, Barcos está focado em tirar o Palmeiras da difícil situação que se encontra: o time ainda não conseguiu, por exemplo, duas vitórias consecutivas na competição. "Estamos com muitos desfalques, mas temos de ganhar esse jogo. Temos outra oportunidade de somar três pontos, e estamos precisando deles", disse o atacante, que anotou sete dos últimos oito gols da equipe (e ainda deu uma assistência).
Com mínimas possibilidades de tirar nos 20 jogos que restam a diferença de 19 pontos que o separa do líder Atlético-MG, o Santos só pensa no G4, o grupo dos quatro primeiros colocados que garantem vaga na Libertadores. Mas o técnico Muricy Ramalho evita falar que o astro Neymar será o grande responsável por colocar o time na competição continental.
"Nós temos jogadores com o individual muito forte, mas o sucesso de uma equipe depende do coletivo. Por isso repetir a escalação é importante, e esse momento chegou porque não temos problemas de contusões nem de cartões", destacou Muricy, que mantém o mesmo time que empatou com a Universidad de Chile, na última quarta-feira, em Santiago, pela Recopa Sul-Americana.