O bom desempenho nos clássicos recentes têm alimentado a esperança do Palmeiras em dias melhores. No São Paulo, os tropeços nos últimos dérbis já incomodam. No duelo deste domingo, às 16 horas, no estádio Eduardo José Farah, em Presidente Prudente, esta expectativa reflete a posição os clubes ocupam na tabela: enquanto o clube alviverde pode chegar a 24 pontos e disparar se vencer, o time tricolor (com 18) busca a reação para se igualar ao rival.
Em clássicos contra São Paulo e Corinthians, o Palmeiras não perde há mais de um ano - a última derrota foi por 1 a 0 para o Corinthians, na primeira fase do Estadual no ano passado. No Campeonato Brasileiro, em Presidente Prudente, se vingou contra os corintianos e venceu por 2 a 1. Na reta final, o triunfo sobre o São Paulo (1 a 0) praticamente tirou o rival da Copa Libertadores e deu um motivo para a torcida sorrir, em meio ao fim de ano de pouco brilho.
Neste ano, a equipe de Felipão começou mal o Paulistão e só conseguiu deslanchar graças a outro clássico, novamente no estádio Eduardo José Farah, palco do jogo deste domingo. Com Neymar em campo, o Palmeiras virou nos acréscimos para ganhar moral e chegar ao topo da tabela de classificação.
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No São Paulo, o caminho foi inverso. Desde o Brasileirão do ano passado, o time tem sido acusado de falhar em jogos importantes, e, em clássicos, isto é imperdoável para a torcida. Os 5 a 0 para o Corinthians e a derrota para o Palmeiras na penúltima rodada ainda estão vivas na memória. A derrota para o Corinthians, que freou o bom início de ano do time de Emerson Leão, só aumentou a desconfiança.
A arma principal do Palmeiras para vencer, é claro, segue sendo a bola parada que sai dos pés de Marcos Assunção. Principal deficiência da zaga são-paulina, o jogo aéreo pode decidir o clássico: o São Paulo sofreu três gols de escanteio nas últimas cinco partidas.
Se a defesa é o ponto frágil do clube tricolor, o ataque não tem deixado a desejar. Com 20 gols marcados, é o mais positivo do campeonato e entra reforçado por Lucas. O garoto foi alvo de uma verdadeira batalha extracampo travada entre o clube do Morumbi e o diretor de seleções da CBF, Andrés Sanches.
A troca de ofensas terminou com a ameaça do ex-presidente corintiano de acionar Leão judicialmente, por ter sugerido que a CBF aconselhou o garoto a levar cartão amarelo para ficar fora do clássico e não ter problemas para se apresentar à seleção, que enfrenta a Bósnia nesta terça-feira. No fim, quem levou a melhor foi o clube tricolor, que terá sua principal estrela em campo - Lucas viaja após o jogo e se apresenta amanhã para treinar com o time de Mano Menezes na Suíça.
O reforço do camisa 7 não poderia vir em melhor hora para Leão. Nesta semana, Fabrício e Wellington se juntaram ao departamento médico do São Paulo, que já estava lotado.
Os times têm o retorno de seus zagueiros titulares: Henrique e Paulo Miranda retornam após cumprirem suspensão no Palmeiras. No ataque do São Paulo, a volta de Willian José, em grande fase, anima a torcida.