A diretoria do Paraná Clube deve definir nos próximos dias que caminho tomar para se defender da multa de R$ 9,1 milhões aplicada pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região, de Porto Alegre, e ratificada pelo Banco Central do Brasil. A multa deve-se, segundo o BC, a supostas irregularidades em algumas transações de jogadores ao exterior.
Depois de entrar com recurso na esfera administrativa e não conseguir sucesso, cabe agora ao Paraná o caminho judicial. Segundo o advogado encarregado de defender o clube, Gilberto Luis do Amaral, a diretoria pode entrar já com uma ação anulatória da multa na Justiça federal ou aguardar que o Banco Central ingresse com ação sobre o Paraná pelo não pagamento dos R$ 9,1 milhões para depois discutir. ''Acho mais viável a ação anulatória, mas a diretoria paranista vai decidir qual caminho tomar'', disse Amaral.
De qualquer forma, segundo ele, as chances do Paraná ganhar são muito grandes. Ele explica que o BC contesta a forma como o Paraná procedeu em relação às transações dos jogadores Balu, (Cerro Porteño, do Paraguai), Mirandinha (Sion, da Suíça), Gil Baiano (Sporting, de Portugal), Claudinho e Denílson (Osaka, do Japão) e Ricardinho (Bordeaux, da França), realizadas de 1993 a 1997.
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Segundo o advogado, em alguns casos o Paraná recebeu parte do pagamento em empréstimo de jogadores, em outros recebeu parte do pagamento em moeda nacional. ''O Banco Central entendia, por exemplo, que o Paraná tinha que converter o dinheiro recebido no Brasil em dólar. Em outro caso, o Paraná recebeu um jogador no valor de US$ 130 mil e o Banco Central também queria isso convertido em dólar''.
Para Amaral, o Paraná não deve ser prejudicado porque tem tudo documentado e legalizado. ''Em nenhum momento houve tentativa de lavagem de dinheiro ou de sonegação'', informando que os R$ 9,1 milhões de multa referem-se à totalidade das transações dos seis jogadores.
Enquanto a diretoria resolve o problema, o novo técnico, Caio Júnior, começou a montar o time para o Supercampeonato Paranaense.