Foram seis anos de sofrimento, perambulando pelas divisões inferiores do futebol nacional. Mas a paixão continuou inabalável e o tempo de dureza acabou para o Santa Cruz e sua apaixonada torcida. O Coral está de volta à Série B do Brasileirão.
Como não poderia deixar de ser, o jogo que confirmou o acesso foi emocionante. Mesmo com 60 mil torcedores nas arquibancadas do Arruda, o Betim vendeu caro a passagem às semifinais da Série C. Para alívio do Santa, a vitória por 2 a 1 foi suficiente, neste domingo, no jogo de volta pelas quartas de final. André Dias e ele, Flávio Caça-Rato, foram os heróis da partida.
Mas o Santa Cruz não vai parar por aí. Vica e seus comandados ainda têm o que fazer na Terceirona. O Luverdense é o adversário na semifinal. A torcida, como sempre, fez a parte dela. Lotou o Arruda, cantou, gritou, incentivou, sofreu e, claro, comemorou. Festa linda, que aumentou aos 13 minutos do segundo tempo. Foi quase uma obra do acaso. André Dias - aquele, ex-Vasco - ficou de cara para o gol depois de uma cobrança de falta mal feita. O estádio explodiu com o gol.
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Era bom demais para ser verdade. E aí, sete minutos depois, o ingrediente sofrimento foi adicionado ao caldeirão Arruda. Bobeira defensiva na bola aérea e gol de Max. O jogo não acabava nunca para os tricolores. O relógio passou a se arrastar a cada ataque dos mineiros, que jogaram bem e, com o tempo, apostaram na parte física. Drama.
Ainda que o Santa tenha sofrido apagões na marcação, a atuação do goleiro Tiago Cardoso foi um diferencial, apesar do esforço mineiro. Mais drama. A torcida já não conseguia mais gritar. Só roer as unhas. Mas aí o CR do Santa, que em Pernambuco é mais popular que o Cristiano Ronaldo, resolveu. Caça-Rato, tão carismático quanto o apelido, que tinha entrado pouco antes do empate do Betim, marcou de cabeça o segundo gol.
A partir de então, foi choro de alegria e comemoração, que se confirmou com o apito final.