São Paulo e Corinthians jogaram todas as suas fichas da temporada na Taça Libertadores. Não lograram sucesso. O Campeonato Paulista também ficou para trás e só restou o Brasileiro. O time do Parque São Jorge ainda tem razoáveis chances de comemorar um título no ano do centenário, enquanto a equipe tricolor já daria a temporada como ganha com uma singela vaga na Copa Libertadores do próximo ano.
Tarefas distintas, mas que têm uma semelhança: a dificuldade. O Corinthians está um ponto atrás do líder Fluminense, o São Paulo a sete do G-3, que garante vaga na competição continental sem necessidade de torcer contra brasileiros na Sul-Americana. A cinco rodadas do fim do Brasileiro, uma vitória no clássico deste domingo, às 17 horas, no Morumbi, é fundamental para ambos, no melhor momento do segundo semestre, seguirem sonhando com suas metas.
O resultado positivo para o São Paulo não apenas ajuda a salvar o ano como resgata a honra tricolor. Faz quase quatro anos que os são-paulinos não vencem um clássico contra os corintianos. Mesmo quando foram campeões brasileiros e o adversário foi rebaixado, em 2007, não conseguiram obter sucesso diante do rival - em 10 partidas desde então, são seis derrotas e quatro empates.
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"Uma vitória no clássico sempre tem uma repercussão maior. Nós temos a obrigação de ganhar", afirma o técnico são-paulino Paulo César Carpegiani. "Nossa margem de erro se estreitou. Não temos outra possibilidade senão a vitória para seguirmos acreditando na vaga para a Libertadores. Não adianta nos iludirmos."
O Corinthians também vive um bom momento. Depois de amargar série de sete jogos sem triunfos e viver fase conturbada, voltou a engrenar com a chegada de Tite e a recuperação de Ronaldo, somando sete dos últimos nove pontos. A defesa parou de levar muitos gols e o ataque segue arrasador, com 58 gols marcados. Manter o tabu e, mais que isso, voltar a ganhar do rival, como no primeiro turno, pode significar dormir na liderança, caso o Fluminense tropece diante do Vasco.
"Tivemos um momento complicado no qual poderíamos estar 6, 7 pontos atrás do líder. Agora, estamos recuperando o bom futebol, mérito de todo o time", reconhece Roberto Carlos. "Nossa equipe pensa em título desde o início, mas é difícil se manter em primeiro ou segundo por mais de 30 rodadas. Recuperamos a confiança e esperamos fazer grande jogo, num clássico de grandes jogadores, para ser o quanto antes líder da competição."