O diretor de finanças do Corinthians, Raul Corrêa da Silva, apresentou na tarde desta quinta-feira o desempenho financeiro do clube em 2012. E os números são bastante positivos. Em relação a 2011, o clube aumentou a sua receita total em 23%. Dos R$ 290,5 milhões arrecadados anteriormente, o clube chegou desta vez a R$ 358,5 milhões.
Nessa divisão, as receitas se dividem da seguinte forma: receitas de TV (R$ 153,8 milhões), Patrocínio e Publicidade (R$ 64,7 milhões), Social e Amador (R$ 47,6 milhões), Bilheteria (R$ 35,1 milhões), Negociação de Atletas (R$ 33,8 milhões) e outras receitas (que representam os 7% restantes).
Questionado sobre o prejuízo que a punição da Conmebol poderá acarretar aos cofres alvinegros, já que por 60 dias o Timão terá de atuar com os portões fechados - como diante do Millonarios (COL) -, o diretor lamentou, mas garantiu que o valor que não entra no cofre está dentro do orçamento.
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- Quando fazemos um orçamento, ele é conservador. Os três jogos estão no nosso orçamento. O futuro, não está - disse, sobre a possibilidade de os portões seguirem fechados até o fim da competição.
Nas contas do Timão, um jogo como o de quarta-feira, em que apenas quatro torcedores puderam comparecer, mas com liminares, custa cerca de R$ 3 milhões aos cofres do clube.
- Se olharem a receita de um jogo, quando o Pacaembu recebe até 10 mil pessoas, estamos em déficit, pois os custos são maiores que o resultado. Passou de 10 mil pagantes, entramos no ponto de equilíbrio, onde o custo bate com a despesa. Com 25 mil ou 35 mil, se aparecem R$ 4 milhões, só 50% entram para o clube. Ou seja, se não tenho a torcida nesses três jogos, não teremos R$ 3 milhões por jogo: os R$ 2 milhões que deixam de entrar na bilheteria e o R$ 1 milhão que sai pelos custos - finalizou.
DÍVIDA TEM QUEDA QUASE INSIGNIFICANTE
Enquanto o clube comemora o seu superávit de 7,5%, a dívida segue praticamente a mesma. Em 2011, ela chegava a R$ 178,5 milhões. Agora, caiu para R$ 177,1 milhões.
- Quando encontramos o clube (2007), estávamos a caminho de jogar um campeonato inédito (Série B), tendo de montar um time. Fizemos investimento para ter um time competitivo, que dá receita com bilheteria, patrocínio, etc. Precisávamos também de um CT. Tivemos uma pequena redução no endividamento. Tem os juros. Mas os investimentos que eram de R$ 95 milhões, fizemos só de R$ 66 milhões. Quando se investe menos, consegue honrar seus compromissos - finalizou.