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Reta final

Acusação de homofobia gera polêmica na Superliga

Agência Estado
05 abr 2011 às 16:00

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Michael, que é homossexual, disse que foi chamado de "bicha" pela maior parte dos torcedores presentes no ginásio, em coro - Alexandre Arruda/CBV
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Um caso polêmico está agitando as semifinais da Superliga Masculina de Vôlei. Michael, jogador do Vôlei Futuro (SP), afirma que foi alvo de homofobia durante a partida da última sexta-feira diante do Sada/Cruzeiro em Contagem (MG). No confronto, a equipe da casa venceu por 3 sets a 2 e saiu na frente na série melhor de três.

Michael, que é homossexual, disse que foi chamado de "bicha" pela maior parte dos torcedores presentes no ginásio, em coro. O árbitro não relatou o ocorrido na súmula, mas o Vôlei Futuro encaminhou um relatório ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) e cobra providências.

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"Tratando-se da torcida do Cruzeiro, esta atuou de maneira feroz e preconceituosa, mostrando ódio, aversão e discriminação a um dos atletas do Vôlei Futuro, deixando claro o manifesto de homofobia dentro do Ginásio. O coro era de forma organizada, crianças, homens e mulheres se juntaram para cometer o tremendo desrespeito e discriminação com o atleta Michael", destaca, em nota, o Vôlei Futuro.

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A equipe de Araçatuba também reclama da superlotação do local. Diz que se deparou com um segurança "aparentemente alcoolizado", afirma que não havia ingressos para a sua torcida e denuncia que o policiamento local era inferior à necessidade de pessoas presentes.

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"Na saída mais um caso de desrespeito, do ginásio até o ônibus da equipe não havia segurança ou membro da organização da equipe adversária. Nossos atletas passaram pelos torcedores que se agrupavam para xingá-los e desrespeitá-los", ressalta o comunicado do time paulista.


RESPOSTA - O Cruzeiro refuta as acusações e ainda ataca o rival. "Suspeitamos que tais ''denúncias'' sejam uma nítida manobra no sentido de intimidar a nossa equipe e nossa torcida no jogo da volta em Araçatuba, no próximo sábado", diz, em nota. A equipe mineira teme hostilidade contra seus jogadores no próximo confronto.


De acordo com a diretoria cruzeirense, o jogo foi normal e a torcida fez uma festa bonita, como sempre acontece na Superliga. "O Cruzeiro não incentiva e nem apoia atos considerados como preconceituosos. Ao contrário, sempre pede que todos sejam tratados com respeito. Após a partida, funcionários da equipe Sada/Cruzeiro viram vários atletas do Vôlei Futuro, como Leandro Vissotto, Mário Jr e Michael tirando fotos e dando autógrafos para os torcedores, em sua maioria crianças e mulheres, num clima comum a um jogo de vôlei. Nenhuma confusão."

Além disso, o time de Minas Gerais declara que todos os integrantes da delegação do Vôlei Futuro foram bem recebidos no ginásio. Com o clima tenso e sob polêmica, Vôlei Futuro e Cruzeiro voltam a se enfrentar no próximo sábado, em Araçatuba, pelas semifinais da Superliga.


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