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Expectativa

Atletismo e natação prometem alavancar o Brasil na Paralimpíada do Rio 2016

Agência Estado
04 set 2016 às 12:17

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- Divulgação
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Se os resultados do Brasil na natação e no atletismo deixaram a desejar na Olimpíada, exceto pela medalha de ouro de Thiago Braz no salto com vara, a expectativa é de um panorama bem diferente nos Jogos Paralímpicos. No Rio, o País deve dar um salto no quadro de medalhas graças a nomes de destaque nas duas modalidades esportivas mais nobres como os nadadores Daniel Dias e André Brasil e os corredores Alan Fonteles e Terezinha Guilhermina.

Só para se ter uma ideia, nos Jogos de Londres-2012, o Brasil conquistou 18 medalhas no atletismo (7 de ouro, 8 de prata e 3 de bronze) e 14 na natação (9 de ouro, 4 de prata e uma de bronze). Quatro anos antes, em Pequim, foram 15 pódios no atletismo e 19 nas piscinas. Isso coloca o País como um dos grandes nomes nas duas modalidades.

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"Tradicionalmente o Brasil tem excelentes resultados em atletismo e natação. Essas devem ser as duas modalidades que o País conquistará seu maior número de medalhas", projetou Mizael Conrado, vice-presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) e ex-atleta paralímpico de futebol de 5.

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Além dos nomes mais conhecidos, o dirigente inclui Odair Santos, Petrúcio Ferreira e Yohansson Nascimento entre os destaques e conta com bom desempenho das modalidades coletivas, principalmente bocha, futebol de 5 e golbol. "O Brasil participa das 22 modalidades do programa e podem surgir boas surpresas, já que todas tiveram excelentes condições de preparação", afirmou Mizael.

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A maior estrela paralímpica brasileira é o nadador Daniel Dias, 10 vezes campeão - seis ouros em Londres-2012, quatro ouros, quatro pratas e um bronze em Pequim-2008. O astro da natação nasceu com má formação congênita dos membros superiores e da perna direita e entrou para o paradesporto depois de assistir a Clodoaldo Silva em uma das provas dos Jogos Paralímpicos de Atenas-2004.


Daniel Dias, que compete em uma série de eventos na classe S5 - 50 metros borboleta, 50 metros livre, 50 metros costas, 100 metros peito, entre outros -, também ganhou sete ouros e uma prata no Mundial de Glasgow, na Escócia. Além disso, recebeu três vezes o prêmio Laureus, o "Oscar do Esporte".

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Em uma brincadeira com seu técnico, prometeu deixar a barba crescer até o início da competição. E promete estar pronto para alavancar o Brasil no quadro de medalhas. "Não vou nadar assim não, é só uma brincadeira. De vez em quando mudar o visual faz bem", disse. "A expectativa é das melhores, não só individualmente, mas do Brasil como um todo. Vamos fazer o possível e o impossível para atingir o Top 5", continuou.


Outro nome importante da natação é André Brasil, que tem 10 pódios olímpicos no currículo, nos Jogos de Pequim e Londres, incluindo sete medalhas de ouro. Quando tinha três meses de idade, ele teve poliomielite por reação à vacina. Com isso ficou com uma sequela na perna esquerda. Encontrou no esporte uma forma de reabilitação e agora é candidato a muitas medalhas no Rio.

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No atletismo, Alan Fonteles vai em busca do bicampeonato olímpico nos 200 metros na classe T43. Sua façanha foi tirar a vitória do sul-africano Oscar Pistorius, favorito na prova, nos metros finais. Ele teve tanto destaque com aquele resultado que o vídeo da prova é mostrado sempre que se fala de Paralimpíada.


Ele teve de amputar as duas pernas quando tinha apenas 21 dias de vida, por causa de uma septicemia ocasionada por uma infecção intestinal. Aos 8 anos, começou a praticar o esporte e utilizava próteses de madeira. Quando tinha 15 anos, estreou nos Jogos de Pequim, em 2008, com sua prótese de fibra de carbono e ficou com a medalha de prata no revezamento 4x100 metros.


Outra lenda das pistas é a velocista Terezinha Guilhermina. Aos 37 anos, ela já foi a três edições dos Jogos Paralímpicos (2004, 2008 e 2012) e acumula seis medalhas, sendo três de ouro, uma de prata e duas de bronze. No Rio, vai tentar mais pódios nos 100 metros, 200 metros, 400 metros e revezamento 4x100 metros.

Mineira de Betim, ela nasceu com retinose pigmentar e foi perdendo gradualmente a visão. Começou no esporte pela natação, mas ao ganhar da irmã o seu primeiro par de tênis, em 2000, deixou as piscinas e vem tendo bons resultados nas pistas.


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