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Polêmica no vôlei

CBV muda ranking de atletas e responde Jaqueline

Agência Estado
20 mar 2014 às 21:28

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Dois dias depois de a oposto Jaqueline ter iniciado uma campanha contra as mudanças no ranking de atletas da CBV, a Confederação Brasileira de Vôlei oficializou, nesta quinta-feira, as novidades. E, numa atitude inédita, publicou como votaram cada um dos clubes da Superliga. O Molico/Nestlé, time de Jaqueline, votou a favor da mudança que começa a valer na próxima temporada e que prejudica especialmente a jogadora.

De acordo com a CBV, uma reunião em São Paulo reuniu os gestores dos clubes da Superliga Masculina e Feminina. A eles foram expostas três possibilidades: acabar com o ranking; acabar parcialmente com o ranking, mas criar um limite para atletas de pontuação mais alta (sete pontos); ou manter o ranking e limitar o número de atletas de ranking máximo a dois por clube - atualmente são três.

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No masculino nada muda, mas no feminino os clubes optaram pela terceira opção. Em contrapartida, a pontuação total por equipe passou de 32 para 43 no feminino e de 32 para 40 por time no masculino. Assim, os clubes podem ter um número maior de atletas de alto nível, ainda que tenham menos estrelas.

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"Apresentamos aos clubes a proposta de acabar com o ranking, já que esse foi um desejo manifestado por atletas e por alguns clubes à CBV. No entanto, os clubes preferiram manter o sistema de ranking atual. Estamos vivendo um novo momento na Superliga. Os clubes definem as regras em conjunto e cabe à CBV cumprir a decisão dos clubes", explicou o diretor de competições de quadra da CBV, Renato D´Ávila.

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Na terça, depois da decisão ser tomada pelos clubes, Jaqueline reclamou pelo Twitter: "Meu Deus, onde vou jogar? O que vou fazer na próxima temporada? Somente duas atletas de sete pontos por equipe! E eu sou uma delas. Acabaram comigo, e olhe que eu nem joguei essa temporada. Defendi o meu país com unhas e dentes e agora não sei o que fazer", reclamou.


Jaqueline reclama de ter recebido sete pontos no ranking que também foi divulgado nesta quinta. Como ficou sem jogar, acreditava que poderia ter perdido pontos - o que abriria portas para ela. Se tivesse fechado com um clube estrangeiro, por exemplo, e voltasse ao Brasil para a próxima temporada, ela teria pontuação zerada.

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Jogadores com Murilo (seu marido), Gustavo (cunhado) e Lipe saíram em defesa de Jaqueline nas redes sociais. Outros diversos atletas também passaram a utilizar a hashtag #nãoaoranking, criticando a CBV.


Pelo novo ranking, são oito as jogadoras de sete pontos: Dani Lins, Fabiana (ambas do Sesi), Fê Garay (atualmente na Turquia), Jaqueline, Sheilla, Thaisa (todos do Osasco), Natália e Tandara (Vôlei Amil). O Unilever, que dividiu com o Osasco a hegemonia do vôlei feminino nos últimos anos, não tem nenhuma atleta de sete pontos. A canadense Sarah Pavan, do time carioca, foi "rebaixada" e hoje vale seis pontos.


Assim, Sheilla, Thaisa ou Jaqueline precisariam deixar Osasco para jogar num outro clube. Dos que têm maior orçamento, só o Rio tem vaga atualmente. Mas Jaqueline acabou ter um filho com Murilo e o time carioca, o RJ Vôlei, passa por grave crise financeira.

No masculino, Murilo não tem do que reclamar. Capitão da seleção brasileira, ele foi rebaixado e está com seis pontos, apenas. Assim, o Sesi fica com três atletas de sete pontos (Lucão, Lucarelli e Sidão) e não precisa se livrar de nenhum. O Sada/Cruzeiro também tem três atletas de ranking máximo: Wallace, Willian e Leal. Os outros atletas de sete pontos (Bruninho, Dante, Vissoto e Rapha) jogam fora do País.


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