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Aos 18 anos

Com 1,47 m e 47kg, Emily Rosa é aposta no levantamento de peso para Tóquio-2020

Agência Estado
18 jan 2017 às 14:19

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Com 1,47m de altura e 47 kg na balança, Emily Rosa Figueiredo poderia facilmente passar despercebida em meio a um grupo de ginastas. E ela até tentou entrar para a turma das piruetas, mas foi no meio dos fortões que encontrou o seu lugar. "Geralmente, o pessoal não acredita de cara que eu levanto peso por causa da minha estrutura, sou muito baixinha", conta a atleta de 18 anos, promessa brasileira do levantamento de peso para os Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2020.

Para ela, a surpresa das pessoas deve-se à falta de conhecimento e não ao preconceito. Primeira mulher brasileira medalhista mundial - com dois bronzes na competição sub-17, no Peru, em 2015 -, Emily tem ajudado a colocar a modalidade em evidência.

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No radar do Comitê Olímpico do Brasil (COB), a jovem participou do projeto Vivência Olímpica durante os Jogos do Rio e teve oportunidade de conhecer integrantes do Time Brasil, acompanhar os treinamentos, visitar a Vila dos Atletas e acumular experiência. A expectativa não é encarada como pressão por Emily, e sim como motivação.

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"Por saber que tem pessoas depositando confiança em mim, tento sempre dar o meu melhor para não decepcionar. Mas sempre com os pés no chão, nunca vou colocar um peso só porque falam que eu posso ir para a Olimpíada, posso me machucar", afirma.

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Em competição, registra 70kg no arranco - prova em que o atleta deve levantar a barra em um só movimento - e 86kg de arremesso - movimento feito em dois tempos: do tablado até o peito e, então, até a extensão dos braços acima da cabeça. Em dois anos, talvez um pouco mais, Emily projeta chegar ao nível olímpico. O tempo pode variar de acordo com o limite de seu corpo e ela promete respeitá-lo.


O físico foi uma das preocupações de Emily quando conheceu o levantamento de peso em 2011 - ela temia ficar "troncuda". A inquietação não a impediu de mergulhar no novo esporte e de abandonar a piscina do Parque Aquático Julio Delamare, no Rio. Praticava saltos ornamentais quando a treinadora de atletismo da irmã Natacha, hoje com 21 anos, indicou a modalidade para as garotas. E a dupla continua lado a lado até hoje.


Mas a primeira experiência esportiva da atleta fluminense, que vive em Nova Iguaçu, foi na ginástica artística. Aos cinco anos, ficou encantada enquanto assistia a uma competição pela televisão e fez um apelo aos pais. A prática teve prazo de validade. Com a mãe grávida e o pai desempregado, a família ficou sem condições financeiras de manter a garota no esporte e ela acabou seguindo outros rumos.

O levantamento de peso transformou-se em uma paixão na vida de Emily. Sob a orientação de Carlos Henrique Aveiro, a atleta espera chegar longe na carreira. E a principal meta para o ano é disputar o Mundial sub-20, em Tóquio, em junho. Exemplo de determinação, ela teve nos Jogos do Rio. "Admiro muito o Usain Bolt, tive a oportunidade de vê-lo treinando aqui. O cara vai para a Olimpíada para competir, não para tirar foto e fazer amigos", destaca.


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