Em sua 14º participação em Olimpíada, o Iraque estreou hoje (4) nos Jogos Rio 2016 no esporte de maior paixão popular naquele país, o futebol. A equipe masculina realizou um bom jogo contra a Dinamarca, mas acabou empatando em 0 a 0 no Estádio Mané Garrincha, em Brasília. O país tem pouca tradição nos jogos, só conquistou uma única medalha em 1960 - um bronze no halterofilismo. Nos Jogos do Rio, além do futebol, os iraquianos terão um representante no judô, remo, boxe e no próprio halterofilismo.
A torcida iraquiana marcou presença em Brasília. Cerca de 100 torcedores cantavam e incentivavam a equipe. Jamal Mohamed, há três anos no Brasil, conta que futebol é a grande paixão do Iraque, e nesta quinta-feira, o país está parado para ver a estreia nos Jogos. "A única coisa que deixa o povo unido no país é o futebol", diz Samer Bassal, há nove anos no Brasil.
Um dos destaques do Iraque é o lateral Ali Adnan, jogador da Udinese (Itália). Outros bons nomes foram o atacante Hammad Ahmed e o meia Human Tareq, ambos jogadores do Al Quwa Al Jawiya (Iraque). Tareq, após a partida, considerou que o resultado contra a Dinamarca foi positivo, possibilitando uma reação da equipe.
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A equipe enfrenta o Brasil no próximo domingo (7), também no Mané Garrincha, em Brasília. O técnico Abdulghani Alghazali considera que o time não decepcionou na estreia e o empate foi "orgulho para seu povo" e um incentivo para a campanha da equipe. O técnico também contou com a simpatia do povo brasileiro e do apoio da comunidade iraquiana no país para enfrentar o que considera o melhor futebol do mundo, a seleção brasileira.
O país, que vive em guerra civil desde a deposição de Saddan Hussein e ocupação pelos Estados Unidos em 2003, tem o futebol como um momento de união para a reconstrução. O sonho de uma nova medalha olímpica, a segunda do país, pode representar um sinal de recomposição e apaziguamento de seu povo.