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Com Flávia Saraiva, Flamengo remonta base da seleção de ginástica

Agência Estado
23 mar 2016 às 15:53

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- Reprodução
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Pouco mais de dois anos depois de anunciar o encerramento de sua equipe profissional de ginástica artística, o Flamengo tem de novo a base da seleção feminina. Na terça-feira à noite, o clube rubro-negro apresentou seu novo reforço: Flávia Saraiva, de apenas 16 anos, que foi formada pela ONG Qualivida, em Três Rios (RJ).

Das 12 atletas da seleção, agora oito estão na Gávea: Flavinha, Isabelle Cruz, Jade Barbosa, Julie Kim Sinmon, Letícia Costa, Maria Cecília Cruz, Milena Theodoro e Rebeca Andrade, além de Thauany Araújo, que oficialmente não faz parte da seleção (não recebe salários), mas está em Doha, junto com Rebeca, para a disputa de uma etapa da Copa do Mundo.

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"Como já ficamos juntas na seleção, não vai mudar muita coisa na rotina. Nos Jogos da Juventude (2014), eu já conseguia imaginar que poderia ter a chance de estar em uma Olimpíada, mas não imaginava estar em um clube grande como o Flamengo", afirmou Flavinha.

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Ela foi descoberta pela ONG de Georgette Vidor, que ajudou a formar nomes como Daniele e Diego Hypolito no Flamengo. A treinadora foi demitida ao final de 2008, quando o então presidente do clube, Marcio Braga, optou por não renovar o contrato dos irmãos e de Jade Barbosa, entre outros.

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A equipe foi reestruturada, mas voltou a acabar em março de 2013. Há dois anos, já com Bandeira de Mello como presidente, o Flamengo encerrou suas equipes profissionais nos esportes olímpicos, demitindo atletas na ginástica artística e no judô - só poupou remo, cuja manutenção é obrigação estatutária.


Após dois anos, Bandeira de Mello cumpriu a promessa de reestruturar os esportes olímpicos do clube, especialmente graças ao "Anjo da Guarda", projeto aprovado na Lei de Incentivo ao Esporte que permite aos doadores, sócios do clube em sua maioria, terem isenção fiscal.

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Como só a equipe profissional foi fechada em 2013, o juvenil foi mantido e formou nomes como Thauany, Maria Cecícia, Milena e Rebeca. Jade foi recontratada e agora Flavinha chega para completar o grupo.


A concentração de atletas no Flamengo, porém, também é um reflexo do mau momento vivido pelos demais clubes. O Cegin, que até o ano passado tinha a outra metade da seleção - incluindo Daniele Hypolito, Lorrane Oliveira e Mariana Oliveira -, vive crise financeira e perdeu o técnico ucraniano Oleg Ostapenko. Pinheiros e Grêmio Náutico União (RS) também têm equipe feminina, mas de menor expressão.

Atualmente, as ginastas da seleção têm treinado juntas no centro de treinamento da ginástica, no Rio. Por isso, a ida de Flávia para o Flamengo não deverá surtir efeitos práticos até os Jogos Olímpicos do Rio.


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