Às vésperas dos Jogos Olímpicos do Rio, o Brasil vai ter uma delegação recorde para os Jogos Pan-Americanos de Toronto, no Canadá. Com equipes em quase todas as modalidades olímpicas coletivas - exceto o hóquei sobre a grama feminino -, o Time Brasil terá 601 atletas. De acordo com o Comitê Olímpico do Brasil (COB) a delegação é a maior a competir no exterior, só menor do que a aquela que participou do Pan do Rio, em 2007, com 660 atletas. De qualquer forma, é um aumento expressivo na equipe de 515 esportistas que foi a Guadalajara, no México, há quatro anos.
A grande parte da delegação anunciada pelo COB nesta terça-feira já era conhecida, uma vez que as respectivas confederações já haviam antecipado suas convocações. Entre as poucas novidades, a lista de convocadas do futebol feminino, sem a presença da atacante Marta. O time, entretanto, é muito parecido com aquele que está disputando o Mundial da modalidade, no Canadá, e conta com atacante Cristiane e a meio-campista Formiga. Cortada do Mundial, a zagueira Erika está na lista.
As delegações do vôlei de quadra, do basquete, do rúgbi e da ginástica artística ainda não foram divulgadas, o que o COB promete que será feito em breve pelas respectivas confederações. O vôlei vai com time B, o basquete já tem uma pré-lista sem atletas da NBA, da WNBA, Marquinhos e Huertas, enquanto a ginástica sabe que terá o desfalque de Sergio Sasaki e Diego Hypolito.
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Entes das divulgações dessas convocações, já se sabe que o Brasil terá pelo menos 12 atletas naturalizados no Pan, incluindo aí atletas nascidos no País, mas que competiam por outra bandeira. São dois holandeses e um britânico na seleção de hóquei sobre a grama; uma italiana, uma espanhola e um francês na esgrima; dois espanhóis, um italiano, um cubano e um croata no polo aquático; além de uma chinesa no tênis de mesa.
Com a ajuda deles, o Brasil pretende superar o número de medalhas de Guadalajara, quando foi ao pódio 141 vezes, com 48 de ouro, 35 de prata e 58 de bronze. O COB não traça como meta uma campanha melhor do que a de 2007, em casa, quando somou 157 medalhas.
"Os Jogos Pan-americanos de Toronto são uma etapa importante na preparação para os Jogos Olímpicos Rio 2016, mas terá diferentes objetivos para cada modalidade. Algumas priorizarão os Mundiais ou outras competições internacionais. Outras enviarão suas equipes principais para Toronto. De qualquer forma, temos total confiança de que estaremos muito bem representados neste Pan", explicou Marcus Vinicius Freire, diretor executivo de esportes do COB.
O Pan terá nove modalidades que não são pan-americanas, das quais em seis o Brasil estará presente: boliche, caratê, esqui aquático, patinação artística, softbol e squash. Entretanto, não vai levar time no beisebol, no raquetebol e na patinação velocidade. A vela tem cinco classes não-olímpicas, além de outras cinco que estão no programa dos Jogos do Rio.
Em Toronto, uma das metas da delegação estará com o hóquei sobre a grama. O time masculino precisa ficar entre os seis primeiros para validar o convite como país-sede. Na competição, os quatro times são divididos em dois grupos. Os dois primeiros de cada chave vão à semifinal, com os restantes jogando o torneio de consolação. Nele, o Brasil precisaria vencer uma partida.
O Pan também vai servir como classificatória olímpica para algumas modalidades, com o Brasil brigando por vagas no Rio no pentatlo moderno (vão os cinco primeiros de cada naipe), no tiro esportivo (número de vagas varia por prova) e no triatlo (só o campeão). A competição de taekwondo vale para o ranking olímpico.
No atletismo, as provas do Pan valem como tomada de índice para os Jogos do Rio, assim como todas as competições realizadas ao longo de 15 meses. Na natação, a CBDA ainda não decidiu se convocará atletas que fizeram índice no Pan. A entidade costuma definir apenas eventos nacionais como válidos, mas pode abrir exceção este ano para incentivar a obtenção de boas marcas no Pan.