A troca de acusações no caso Lance Armstrong segue a todo vapor. Na última quarta-feira, o presidente da Agência Antidoping dos Estados Unidos (Usada), Travis Tygart, afirmou que o ex-ciclista teve ajuda do diretor do laboratório de Lausanne (SUI), Martial Saugy, para burlar os testes que acusam a utilização de EPO (eritropoietina).
Nesta sexta-feira, Saugy convocou uma coletiva de imprensa para rebater a acusação da Usada.
- Você quer saber se eu dei as chaves para ele burlar os testes de EPO? A resposta é clara: não. Seria paradoxal se o laboratório que anunciou os primeiros casos de doping fosse também quem se encontrou com um grande campeão para ensinar como burlar os testes - disse.
Um dos responsáveis pela investigação que culminou na queda de Armstrong, Travis Tygart dissera no programa "60 Minutes Sports", da rede CBS, que Martial Saugy teria ensinado o ex-ciclista os segredos para passar impune no controle antidoping antes da Volta da França de 2002.
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Saugy confirmou que esteve com Armstrong naquela época, mas esclareceu que o encontro foi um pedido da União Ciclística Internacional (UCI) e do diretor esportivo da US Postal (equipe de Armstrong) para explicar o funcionamento dos exames de EPO.
- Neste contexto, eu tenho certeza que era a coisa certa a ser feita. Não errei, nem fui ingênuo como alguns escreveram - afirmou o diretor do laboratório suíço.
UCI aceitou doações do ciclista em 2001
Apontada por Martial Saugy como uma das autoras do pedido de encontro entre Armstrong e o diretor do laboratório de Lausanne em 2002, a UCI aceitou uma doação do ex-ciclista um ano antes.A quantia repassada à entidade foi de aproximadamente R$200 mil.
A UCI, no entanto, negou que o dinheiro tivesse qualquer relação com o esquema de doping do ex-cilcista americano à época que a transação foi revelada.
Em meio à polêmica, Lance Armstrong já estabeleceu uma data par por fim ao silêncio que perdura desde o início do caso. Ele concederá entrevista à apresentadora Oprah Winfrey na próxima quinta-feira, dia 17 de janeiro.