A longa trajetória de Bernie Ecclestone no comando da Fórmula 1 chegou ao fim. Em entrevista à revista alemã Auto Motor und Sport nesta segunda-feira, o chefão da principal categoria do automobilismo mundial confirmou que está deixando o cargo. "Fui destituído", resumiu.
A saída de Eccletone se deve à chegada de um novo comando na Fórmula 1. Na semana passada, o Conselho Mundial da Federação Internacional de Automobilismo (FIA) aprovou a venda da categoria para o grupo Liberty Media, uma empresa norte-americana que investe em entretenimento e esporte, em um negócio de US$ 4,4 bilhões.
"Hoje, fui destituído. Simplesmente, estou fora. É oficial. Já não dirijo mais a empresa", declarou o britânico à publicação. Ele também confirmou que será substituído por Chase Carey, CEO da Liberty Media, que, desta forma, vai acumular as funções de CEO e presidente da Fórmula 1.
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O próprio Ecclestone admitiu que deverá seguir na Fórmula 1, mas ainda sem um cargo definido. A tendência é que o dirigente se torne uma espécie de presidente de honra da categoria, mas ele mesmo fez questão de diminuir a importância da função.
"Minha nova posição agora é uma dessas expressões norte-americanas. Algo como um presidente de honra. Eu devo assumir esta função sem nem saber o que significa", afirmou. "Meus dias no escritório serão mais calmos agora. Talvez eu vá a um GP no futuro. Ainda tenho amigos na Fórmula 1 e dinheiro suficiente para me dar ao luxo de ir a uma corrida."
Ecclestone foi nome fundamental para transformar a Fórmula 1 na principal categoria do automobilismo mundial. Piloto sem grande sucesso nos anos 50, ele retornou na década de 70 como dono da Brabham. Seis anos depois, tornou-se chefe da Associação dos Construtores da F-1 (Foca). A partir daí, cresceu até se tornar o homem mais poderoso da Fórmula 1.