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Correndo atrás

Falavigna testa coletes eletrônicos a um mês do Mundial

Thiago Mossini - Folha de Londrina
10 set 2009 às 12:31

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- Divulgação
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Natália Falavigna tem um mês para se adaptar ao colete eletrônico
A medalhista olímpica no taekwondo, Natália Falavigna, ganhou um reforço na preparação para o Mundial da modalidade, que será disputado no mês que vem, na Dinamarca. A atleta treina desde o início da semana com os novos coletes eletrônicos, adotados nas principais competições e que será usado no Mundial.

O equipamento possui três sensores eletrônicos de impacto - um em cada lateral e um frontal - que registram os golpes recebidos pelos lutadores. Na parte traseira, o sensor é de pressão. Além disso, os taekwondistas usarão botas específicas para lutar.

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''Com certeza queria ter treinado antes com os coletes. É uma diferença muito grande. Diria que é o mesmo que os jogadores da seleção entrarem em campo de tênis ao invés de chuteiras. Um mês não é muito tempo para treinar e se adaptar, mas já é melhor do que treinar sem ele até o mundial. Muitas das adversárias estão na Europa e disputam torneios com esse colete'', analisou Natália, que passou para a categoria acima de 73 quilos.

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Com a adoção dos novos equipamentos, as interpretações dos árbitros saem de cena, o que pode tornar o resultado de uma luta no mínimo mais justo, já que a decisão do vencedor será objetiva, baseada no que foi apontado no aparelho e não mais subjetiva. Assim, os juízes decidirão apenas sobre os golpes dados na cabeça, mas com novas regras. Cada técnico terá um cartão, que será levantado caso o treinador não aceite a decisão do árbitro. Os jurados analisarão o golpe pelo monitor, que passará um replay do lance, e decidirão se a decisão do juiz foi correta ou não. Se o técnico não tiver razão na reclamação ele perde o cartão e o direito de contestação.

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De acordo com o técnico de Falavigna, Walassi Aires, a diferença é muito grande entre os equipamentos normais e o eletrônico. Além de bem mais pesados, eles podem limitar golpes de quem não está acostumado, principalmente no alto com as pernas. ''Treinar com esse equipamento já deixa um passo à frente'', disse.


Por enquanto, o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e Confederação Brasileira de Taekwondo (CBTk) enviaram um par dos coletes apenas para Falavigna, mas eles devem chegar na próxima semana à academia de Fernando Madureira, técnico da seleção brasileira e ex-treinador da medalhista olímpica.

Ele participou junto com Aires, do treinamento promovido pelas duas entidades no Rio de Janeiro, no final de semana. ''Este é um plano que a Federação Mundial encontrou para tirar a polêmica das falhas humanas, que até comprometiam a permanência do taekwondo no cenário olímpico'', avaliou Madureira.


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