Em julho de 2012, a espanhola Maria de Villota sofreu um acidente durante testes aerodinâmicos no aeroporto de Duxford, Inglaterra. Para os mecânicos da Marussia, o susto durou alguns minutos. Para a espanhola, durou um ano, até falecer, em outubro de 2013, em decorrência dos danos neurológicos sofridos no acidente. Apesar do Diretório de Saúde e Segurança (HSE), que investiga causas de acidentes de trabalho no Reino Unido, isentar a Marussia, a família de Villota pretende processar a equipe inglesa, atual Manor.
Maria atingiu um caminhão de reboque da equipe que estava posicionado na pista após o carro sofrer uma pane e não conseguir brecar. A pilota perdeu o olho direito e ficou com várias cicatrizes no rosto. Familiares da espanhola culpam a Marussia pelo acidente, conforme comunicado.
Os dados (do relatório) apontam uma série de irregularidades cometidas naquele dia, como a posição questionável do caminhão com a rampa aberta, as dificuldades de controlar o carro, a falta de informações logísticas e técnicas, e a ausência de procedimentos básicos de segurança. O relatório confirma que a Marussia, ao ignorar os riscos do teste, não levou em consideração as condições de suas instalações, inclusive a posição do caminhão e da rampa, nem as características do carro. Os advogados da família estão analisando o conteúdo do relatório em detalhes para definir os próximos passos, e não descartam entrar com ações de responsabilidade.
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A revista inglesa 'Autosport' teve acesso à detalhes do relatório e evidenciou que a Marussia contava com a habilidade e a experiência da pilota para lidar com o problema mecânico. De Villota já havia dado duas voltas completas até a embreagem falhar e ocorrer o acidente que tirou sua vida um ano depois.