A série semifinal entre Paschoalotto/Bauru e Mogi das Cruzes/Helbor foi aberta com um jogo de tirar o fôlego. Com extremo equilíbrio e altíssimo nível, o duelo deste domingo foi decidido nos detalhes, um detalhe que tem nome e sotaque norte-americano: Shamell. O camisa 24 mogiano mostrou que tem estrela, fez 16 pontos no último quarto e liderou o expressivo triunfo da equipe do Alto Tietê em pleno Panela de Pressão, por 81 a 73.
Com um total de 27 pontos, Shamell foi o cestinha e principal nome do Jogo 1 da disputa por uma vaga na Final do NBB 7 e ainda totalizou 22 de eficiência. Seu compatriota Tyrone Curnell, responsável por 19 pontos, sendo 17 deles no primeiro tempo, também merece destaque no êxito dos comandados do técnico Paco García e também deixou a quadra com 22 tentos de valorização.
Pelo lado bauruense, o principal destaque foi o ala Alex Garcia, que registrou 19 pontos, cinco pontos e cinco assistências, números que somados resultaram em 26 de eficiência. Autor de 17 pontos e sete ressaltos, o pivô Rafael Hettsheimeir foi outro que apareceu bem do lado dos donos da casa, assim como o armador Larry Taylor, responsável por 11 pontos, oito rebotes e quatro assistências.
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Depois de largar na frente na briga por um lugar na decisão, o Mogi das Cruzes terá a chance de ampliar sua vantagem na disputa por um lugar na decisão da sétima edição do NBB já na próxima terça-feira (12/05), novamente no Ginásio Panela de Pressão, na cidade de Bauru (SP), às 21 horas (de Brasília).
O jogo
O início da partida foi marcado pela ampla superioridade das defesas frente aos ataques, o que deixou o jogo bastante truncado nos primeiros minutos. Mantendo este cenário, o Mogi conseguiu se sobressair no começo e, mesmo depois de ver o Bauru passar à frente, contou com boa participação do ala norte-americano Tyrone, autor de 12 pontos, para colocar seu time com dez pontos à frente (18 a 8). Os donos da casa se encontraram após o baque e conseguiram reduzir o prejuízo para quatro ao final do primeiro quarto: 21 a 17.
A segunda parcial foi notoriamente mais agitada, mas o Mogi conseguiu ter tranquilidade para superar a pressão bauruense e não só se manter à frente no placar como abrir sete pontos (29 a 22). Sem muito sucesso no jogo externo, os comandados do técnico Guerrinha passaram a pontuar mais dentro do garrafão e com isso encostou de vez no placar (33 a 31), mas não foram capazes de ultrapassar os mogianos. Novamente com Tyrone impossível, o Mogi seguiu na frente e foi para os vestiários vencendo, com placar de 43 a 38.
Com dois tiros longos de Gui Deodato, o Bauru iniciou o terceiro quarto explodindo o Ginásio Panela de Pressão ao deixar tudo igual logo nos primeiros minutos (43 a 43). No entanto, o time do Alto Tietê conseguiu segurar a reação bauruense e permanecer com a vantagem graças à mão quente do armador Gustavinho, que saiu do banco e ajudou os mogianos a abriram sete tentos de frente (53 a 46). Assim como na reta final da etapa anterior, os donos da casa buscaram a diferença, só que desta vez, conseguiram passar à frente e ainda abrir cinco tentos antes de ir para o último quarto: 59 a 54.
Logo no início da parcial final, foi a vez do Mogi reagir e, com corrida de 7 a 0, não só recuperou como virou o jogo (61 a 59). A equipe do interior do Estado de São Paulo não demorou a passar à frente novamente, e partir daí, o duelo tomou tons dramáticos. Com diversas alternâncias de placar, o jogo chegou aos seus dois minutos finais com Mogi em vantagem, por 71 a 70. Shamell estava impossível pelo lado mogiano e foi o responsável por deixar sua equipe com três tentos na frente restando pouco mais de um minuto para acabar (73 a 70).
Após falta sofrida no ato do arremesso de 3 pontos, Robert Day converteu três lances livres e deixou tudo igual no marcador (73 a 73). Mas o dia parecia ser de Shamell. O norte-americano sofreu uma falta, anotou dois lances livres e deixou os mogianos em vantagem novamente (75 a 73). No ataque seguinte, o camisa 24 do Mogi fez uma bandeja e ampliou a diferença em favor dos visitantes para quatro tentos (77 a 73), restando pouco menos de um minuto para o fim. O Bauru não acertou a mão nos arremessos de fora em seu ataque e a equipe do técnico Paco García aproveitou para estender ainda mais sua frente e fechar o jogo com uma expressiva vitória.