Em novo escândalo mundial de doping, o Comitê Olímpico Internacional (COI) informou nesta quarta-feira que mais seis atletas foram flagrados utilizando substâncias ilegais na Olimpíada de Pequim, em 2008.
Quatro deles estavam no pódio e vão perder suas medalhas. São eles: as russas Nadezda Evstyukhina, bronze no levantamento de peso, pelo uso de turinabol e EPO; Marina Shainova, prata na mesma modalidade, pelo uso de turinabol e estanozolol; e Tatyana Firova, segunda no revezamento 4x400 no atletismo, pelo uso de turinabol e um composto de testosterona, androstenediona e androstenediol, o que resultou na exclusão da equipe. Já Tigran Martirosyan, da Armênia, bronze no levantamento de peso, utilizou indevidamente turinabol e estanozolol.
Os outros dois atletas pegos no doping foram Alexandru Dudoglo, da Moldávia, flagrado pelo uso de estanozolol, e Intigam Zairov, do Azerbaijão, que utilizou a substância ilegal turinabol. Ambos também são do levantamento de peso. No total, já se somam 98 novos casos de doping nos Jogos de Pequim-2008 e Londres-2012.
Leia mais:
O que tem em HD de Schumacher que preocupa família do heptacampeão?
Londrina Bristlebacks busca título Brasileiro no futebol americano
Time de vôlei dos EUA sofre boicote e atrai polêmica sobre participação de transgêneros em esportes
Corrida Pedestre reúne mais de 400 participantes em Alvorada do Sul
Esses novos testes fazem parte de uma investigação liderada pelo COI. As amostras têm sido guardadas por até dez anos para reanálises, à medida que surgem novas tecnologias e novos compostos ilícitos. E uma série de irregularidades vem sendo encontradas entre os atletas russos e do levantamento de peso.
Para enfrentar o problema, a modalidade colocou, entre os critérios de classificação à Olimpíada, uma restrição por acúmulo de casos de doping. Países com mais de nove atletas flagrados durante um ano poderiam ser excluídos do Rio-2016, como ocorreu com a Bulgária, que teve 11 casos no Europeu de 2015.
Já uma investigação conduzida pela Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês) revelou um caso de doping sistemático na Rússia. O esquema contava até com aval e apoio de autoridades do governo. O atletismo foi a primeira modalidade descoberta, mas a entidade também constatou irregularidades em outros esportes.