Técnico da seleção húngara de natação, Laszlo Kiss renunciou nesta quinta-feira ao seu cargo após vir à tona um caso em que ele e outros dois homens foram condenados por estupro em 1961. Kiss disse nesta quinta-feira, através de um comunicado que estava deixando o cargo pelos interesses do esporte húngaro e por sua saúde estar abalada pela divulgação da sua condenação a três anos de prisão.
Nesta quinta, Kiss defendeu sua inocência, dizendo que a condenação veio em um julgamento de fachada com base em acusações forjadas, ocorrido quando ele ainda era um nadador e tinha apenas 21 anos.
Segundo a imprensa húngara noticiou esta semana, há 55 anos Kiss e outros dois homens, identificados como Laszlo L. e Lajos V., atraíram uma jovem para um apartamento e a obrigaram a ter relações sexuais com um deles. Os três foram condenados e cumpriram penas de prisão.
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Kiss, de 75 anos, era treinador da seleção feminina de natação da Hungria desde 1993 e da equipe masculina desde 1999. Ela também treinou Krisztina Egerszegi, dona de cinco medalhas de ouro olímpicas.
No início desse ano, chegou a renunciar ao cargo depois que a grande estrela da natação nacional, Katinka Hosszu, criticou a federação local publicamente, mas foi convencido a voltar após um pedido pessoal do primeiro-ministro do país, Viktor Orban.
A decisão de Kiss de renunciar ao cargo se dá um dia após a Federação Húngara de Natação decidir, por unanimidade, pela manutenção do profissional no cargo. Na última quarta, a federação defendeu que o caso de Kiss é bastante conhecido no esporte desde que ele começou sua carreira e que suas conquistas e sua admissão da responsabilidade desde então permitem que seu crime seja esquecido. Agora, porém, a repercussão do caso provocou a sua saída da seleção húngara de natação.