O handebol brasileiro atingiu neste domingo, no Ginásio do Ibirapuera, o maior momento de sua história, com uma vitória da seleção feminina sobre a Rússia, por 36 a 20, que colocou o Brasil pela primeira vez entre os cinco melhores do mundo em um Campeonato Mundial. O quinto lugar na competição jogada em casa mostrou que a equipe comandada pelo dinamarquês Morten Soubak tem condições de jogar em igualdade de condições contra as maiores potências da modalidade.
Para o treinador, que está há frente da seleção desde 2009, o desempenho na competição foi "excepcional". "Jogamos um Mundial excepcional e conseguimos brigar de igual para igual com todos os outros times. Erramos naqueles 15 segundos contra a Espanha", lamentou, em referência à derrota por um gol de diferença, nas quartas de final, resultado que tirou o Brasil da briga pelo título.
Soubak aponta onde a seleção pode se aperfeiçoar para ficar ainda mais competitiva. "Claro que sempre há o que melhorar, e o principal é equilibrar mais a defesa. Em um mesmo jogo, há períodos em que tomamos muitos gols e outros em que não tomamos nenhum", acrescentou o dinamarquês.
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A conquista foi especial para a goleira Chana. Mais veterana do elenco, ela completou 33 anos neste domingo e ajudou o Brasil a atropelar a Rússia, campeã das três últimas edições do torneio. Para ela, porém, o maior ganho proporcionado pelo Mundial foi com relação aos torcedores.
"O mais importante é que colocamos a torcida do nosso lado. Tenho certeza de que ela vai nos acompanhar onde estivermos. O Mundial foi superpositivo. Jogamos mal apenas um jogo e isso não pode apagar o que fizemos nos outros sete, que foram muito bons", completou a goleira, eleita a melhor jogadora da partida deste domingo.
A armadora Deonise promete o Brasil lutando pela sua primeira medalha olímpica no handebol em Londres. "No jogo de hoje (domingo), mesmo no limite físico e mental, conseguimos ter concentração. Agora, já estamos pensando em Londres. Pode ter certeza de que vamos atrás da medalha", disse.