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Em julgamento...

Vizinho de Pistorius diz que ouviu pedidos de ajuda

Agência Estado
06 mai 2014 às 13:29

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Um homem que vive ao lado da casa onde Oscar Pistorius feriu fatalmente sua namorada depôs nesta terça-feira no julgamento do atleta paralímpico pelo assassinato de Reeva Steenkamp e disse ter ouvido um homem gritando por ajuda e que chamou a segurança do complexo habitacional para ajudar.

Michael Nhlengethwa foi a testemunha convocada pela equipe de defesa do competidor olímpico, que assegura que ele matou Reeva por engano ao confundi-la com um intruso que teria entrada em sua casa em 14 de fevereiro de 2013. A promotoria diz que Pistorius matou intencionalmente a sua namorada após uma discussão acalorada. O atleta paraolímpico deu quatro tiros através da porta fechada do banheiro com sua pistola de calibre 9 milímetros, ferindo a modelo no quadril, no braço e na cabeça.

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Nhlengethwa, que morava ao lado de Pistorius, disse que sua esposa acordou depois de ouvir um tiro e que ele não escutou os disparos. Ele acrescentou que, em seguida, ouviu um homem chorar e, depois, pedir ajuda aos gritos. Nhlengethwa afirmou que não conseguiu entender o que o homem estava dizendo, mas distinguiu as palavras "Não, por favor, não".

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A janela do quarto do vizinho está a cerca de 25 metros da porta da varanda da residência de Pistorius, mais perto do que casas de vizinhos que foram chamados a prestar depoimento pela defesa, que argumentaram terem ouvido uma mulher gritar na madrugada do assassinato.

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A defesa se esforçou para apresentar Nhlengethwa como uma testemunha confiável sobre o que aconteceu naquela noite por causa da sua proximidade da propriedade de Pistorius. Um vizinho que disse ter ouvido "gritos aterradores" naquela madrugada vive a cerca de 170 metros de distância da casa de Pistorius.


Nhlengethwa afirmou que chamou os vigilantes do complexo habitacional. A testemunha, que disse dirigir uma empresa de engenharia local, descreveu como Pistorius foi o primeiro vizinho que lhe deu as boas-vindas quando se mudou para o complexo no final de 2009.

"Era basicamente um vizinho amistoso", disse Nhlengethwa. Ele também acrescentou que conheceu Reeva no fim de semana antes da sua morte, e que se surpreendeu com a sua recepção calorosa. "Eu acho que nunca vou esquecer aquele momento", disse. "Ela simplesmente abriu os braços e me abraçou".


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