As visitas de cães deixam um efeito visível nos hóspedes da Apoio Casa de Repouso, na Vila Santa Catarina, que fica na zona sul de São Paulo. Neusa Garcia, de 73 anos, que mora no asilo há cerca de um ano e três meses, diz que percebe a diferença no rosto dos colegas, que aguardam ansiosos pelos sábados, quando os animais vão ao local.
"Principalmente aqueles que têm famílias que moram longe, que não veem quase ninguém, para eles é muito importante", diz Neusa "Tem cachorros para todos os gostos, grandes e pequenos. Eles pulam no colo da gente, sobem na cama, querem brincar. E o pessoal gosta."
As sessões de "terapia canina" são organizadas pelo Instituto Cão Terapeuta, que atende casas de repouso e hospitais há mais de 20 anos - desde 2013 como ONG, e antes disso como um projeto social de uma empresa.
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Inspiradas em iniciativas similares no exterior, as atividades durante as visitas consistem em jogos e brincadeiras com os pacientes e os pets.
Os participantes do projeto - cachorros e seus donos - são escolhidos após um processo seletivo e treinamento. Para os cães, há critérios eliminatórios: se eles têm reações agressivas ou são muito ariscos, por exemplo, estão descartados.
"É basicamente um suporte emocional, um pouco de bem-estar para quem passa por um momento difícil", diz Tatiane Ichitani, coordenadora do instituto.
Pesquisa sobre envelhecimento feita pela Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, divulgada nesta quarta-feira, 3, revela que a velhice pode ser mais saudável e feliz ao lado de um animal de estimação. O levantamento revelou que 90% dos idosos que têm cães, gatos e pássaros dizem que o animal os ajuda a aproveitar a vida e se sentir amados.