24,72% dos donos de cães e gatos no Brasil consideram que seus pets estão acima do peso. É o que aponta o recente levantamento da Hill's Pet Nutrition, em parceria com a Cão Cidadão.
Apesar de o número ser aparentemente baixo, a pesquisa indica que muitos tutores de animais não sabem identificar quando o cão ou o gato está acima do peso. Isso porque 41,04% dos entrevistados classificam seus pets com as condições corporais 7 e 9 que, de acordo com as diretrizes nutricionais do WSAVA (Associação Mundial de Veterinários para Animais Pequenos), são condições corporais que indicam sobrepeso - entre os classificados como 7 e 9, 41,13% são cães e 30,07%, gatos.
"Somente o veterinário pode dar o diagnóstico e fazer o planejamento do tratamento de obesidade do animal. Utilizamos o escore de condição corporal porque é uma ferramenta fácil e prática no dia a dia e o tutor consegue também ser envolvido no processo de identificação e conscientização do problema”", afirma Brana Bonder, supervisora de Assuntos Veterinários Hill’s Pet Nutrition.
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"Fatores como a castração, a idade do animal e doenças concomitantes influenciam no desenvolvimento da obesidade, mas, no geral, o sobrepeso é resultado da combinação entre pouco gasto energético e ingestão calórica excessiva", explica.
Entre os entrevistados, 35,46% oferecem petiscos aos seus cães e gatos todos os dias - outros 25,30% oferecem em um ou dois dias da semana. Além disso, 24,45% dos tutores costumam complementar a ração do animal com algo. "Oferecer petiscos em excesso, seja todos dias ou em alguns dias da semana, colabora para o ganho de peso excessivo do animal", comenta Bonder.
42,75% dos cães comem petiscos e guloseimas todos os dias, enquanto 26,22% dos tutores oferecem petiscos e guloseimas aos cachorros em um ou dois dias da semana. Entre os mais oferecidos estão: petiscos caninos (33,24%), frutas (25,12%) e legumes (17,24%).
Além disso, 70,06% dos cães são alimentados com ração, seja ela seca, úmida em lata ou de sachê. Complementar a ração com algo mais é costume de 49,67% dos tutores entrevistados. Eles geralmente fazem isso sempre ou, então, quando o cão não está comendo tudo.
60,06% dos tutores deixam a alimentação disponível para o cão por tempo determinado, ou seja, retiram se o animal não comer tudo - enquanto 39,94% deixam o alimento disponível o tempo todo. Com relação à quantidade, 35,21% dos tutores colocam o equivalente recomendado na embalagem da ração. Já 18,91% seguem as recomendações de um veterinário e 25,25% colocam de acordo com o que acham que o cão vai comer ou quanto o animal quiser comer.
Sobre a prática de exercícios, fator extremamente importante para manter o animal saudável, 52,93% dos entrevistados afirmam exercitar seus cães, por meio de passeios ou brincadeiras, todos os dias. Mesmo quando o tutor não puder passear com seu cão, é importante tentar manter uma rotina de atividades capazes de fazer com que o animal gaste energia. Até mesmo na hora da alimentação ao colocar, por exemplo, a ração dentro de brinquedos que exigem que ele os movimente para receber a comida.
Apenas 7,56% dos tutores de gatos oferecem a quantidade de comida recomendada pelo veterinário. 42% dos tutores oferecem o alimento na quantidade que o gato quer comer - enquanto apenas 17,43% seguem a quantidade recomendada na embalagem.
A ração seca, úmida e a mistura entre os dois tipos prevalece como principal tipo de alimentação dos gatos, com 98,89% das respostas. 88,46% dos tutores oferecem o alimento ao seu gato em um único pote e, quando o pet não quer comer tudo na hora, 74,94% dos entrevistados deixam o alimento disponível para que ele possa comer depois - enquanto, 9,12% guardam para dar depois. Mas, no geral, 76,25% das pessoas afirmam que o gato come imediatamente.
Sobre os petiscos, os gatos recebem menos do que os cães de acordo com o estudo. Apenas 18,64% dos tutores oferecem guloseimas todos os dias e 23,18%, em um ou dois dias da semana. Entre os petiscos mais oferecidos aos gatos estão: petiscos felinos (53,28%), carne - crua ou cozida (14,16%), atum ou outro peixe - seja em lata ou não (10,57%) e iogurte ou leite (6,57%).
Além disso, 54,31% dos tutores afirmam exercitar seus gatos com brincadeiras todos os dias da semana. Enquanto 18,60% em um ou dois dias da semana.
Quando perguntados sobre como classificariam seus pets, 40,01% consideraram o pet no nível 5, ideal de peso, e 12,96%, nos níveis 1 e 3, considerados abaixo do peso ou subnutridos.
Metodologia da pesquisa
Realizada e promovida pela Hill's Pet Nutrition, em parceria com a Cão Cidadão, a pesquisa foi aplicada online, durante os meses de fevereiro e março de 2020, e contou com 9.320 respostas de tutores de animais - 69,77% donos de cães e 30,23%, de gatos.
A amostra é formada por uma base de 56,82% fêmeas e 43,18%, machos; 74,14% dos animais são castrados e 25,86%, não.