Notícias

Leucemia e lúpus: como essas e outras doenças afetam os pets

05 mar 2022 às 14:45

Neste mês, duas campanhas chamam a atenção da população: Fevereiro Roxo, para conscientizar sobre lúpus e mal de Alzheimer, e Fevereiro Laranja, para alertar sobre a leucemia. São doenças que também podem atingir os pets.


Mais comum entre cães, o lúpus atinge animais com predisposição genética e se desenvolve pelo uso de alguns medicamentos ou devido a fatores ambientais.


Inflamações na pele, no focinho ou no coração, anemia e insuficiência renal são alguns dos sintomas. "De acordo com alguns estudos, algumas raças podem ter predisposição para desenvolver o lúpus, como o setter irlandês, o pastor alemão, o poodle e beagle. Mas isso não quer dizer que outras estejam livres, já que é um distúrbio imunomediado multissistêmico. Embora seja uma doença incomum, é importante conhecer esta possiblidade", diz Bruna Fabro, médica-veterinária da Botupharma.


Já a Síndrome da Disfunção Cognitiva, semelhante ao mal de Alzheimer, pode afetar animais idosos. É uma doença neurodegenerativa, que causa alterações nas capacidades cognitivas.


Como sintomas, a veterinária cita mudanças no comportamento, como urinar e defecar em locais incomuns e durante o sono, tropeços com frequência pela casa e desorientação. Ela afirma que é um processo biológico complexo, que resulta em perda gradual de capacidade adaptativa e de memória, incluindo aprendizado.


"Caso identifique alguns desses sinais, consulte um especialista para saber como oferecer melhor qualidade de vida, quais os melhores tratamentos para impedir ou retardar a progressão dos sinais incluindo manejos comportamentais e ambientais", orienta.


O cuidado deve ser redobrado no caso da leucemia, já que o tratamento é mais eficiente quando iniciado nos primeiros estágios da doença. Entre os sintomas estão febre, fraqueza, perda de apetite, gengiva com aparência ruim, hemorragia, respiração ofegante e perda de peso.


O tratamento é deliciado, inclui medicamentos contra dores e sessões de quimioterapia, além do cuidado do tutor para evitar deixar o animal sozinho.


"Cães e gatos podem ter diferentes tipos de leucemias que são classificadas quanto à linhagem celular envolvida, sendo a leucemia linfocítica e a leucemia mielóide geralmente as mais comumente observadas e conforme a progressão e maturação das células comprometidas, em aguda ou crônica", diz Bruna.


É sempre importante observar o comportamento e fazer consultas periódicas ao veterinário para que obter o diagnosticado precoce e o tratamento adequado ofereçam qualidade de vida ao animal.


Outra doença contemplada no Fevereiro Roxo é a fibromialgia. Nesse caso, pets podem ser importantes para o sucesso do tratamento.


Uma pesquisa da organização Mayo Clinic, dos Estados Unidos, separou, em dois grupos, 221 pacientes com a doença. Um deles participou de uma sessão de tratamento por 20 minutos com cão terapia e treinador e outro grupo só com o treinador. O primeiro grupo registrou aumento nos níveis de oxitocina e diminuição dos batimentos cardíacos, ocasionado maior bem-estar e, consequentemente, redução das dores.


"A pet terapia pode contribuir de excelente forma no tratamento de pessoas com doenças como depressão ou fibromialgia, pois o ser humano acaba desenvolvendo uma relação que envolve apreço e carinho, beneficiando os pacientes", afirma a veterinária.

Continue lendo