Existem várias doenças que podem comprometer a saúde do pet, mas algumas estão no topo da lista como as recorrentes e, nesse caso, estão as gastrointestinais. Incômodas e, muitas vezes, perigosas, elas podem ter diferentes origens e para auxiliar os tutores a identificá-las, a DrogaVET, elenca as características das principais doenças e orienta quanto aos cuidados e tratamentos necessários.
Segundo a veterinária, Andressa Cris Felisbino, no topo da lista está a ingestão de alimentos nocivos. "Alguns alimentos comuns na dieta humana são extremamente perigosos para os pets, principalmente os que têm excesso de gordura. A quantidade ingerida, a sensibilidade do animal ou a demora no diagnóstico e tratamento podem agravar o quadro”, alerta a profissional.
A alimentação inadequada, com uma dieta gordurosa também é responsável por desencadear a pancreatite, que pode ser aguda ou crônica. "Ela é uma inflamação contínua e progressiva que pode gerar outras complicações. Diarreia, vômitos, apatia, febre, inapetência, emagrecimento progressivo e desidratação são os principais sintomas e o tratamento ocorre com dieta, analgésicos, hidratação e reposição de enzimas, às vezes requerendo, inclusive, internação, a depender da orientação do veterinário do animal”, explica a Andressa.
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Na sequência, em segundo e terceiro lugar, estão as gastroenterites virais e parasitárias, tais como: parvovírus, coronavírus, rotavírus, giárdia, entre outras verminoses. "Os primeiros sintomas são vômito, diarreia, dores abdominais, perda de apetite, apatia, perda de peso, desidratação, flatulência, constipação, presença de sangue ou muco nas fezes. O recomendado é que os tutores fiquem alertas, pois os pets costumam sinalizar quando algo não vai bem e, nesses casos, já proceder imediatamente com a consulta ao veterinário. De maneira geral, é possível preveni-las por meio da vacinação e vermifugação”, comenta a veterinária.
Outro motivo que desencadeia as doenças gastrointestinais e que ganha a quarta posição é a hipersensibilidade alimentar, já que muitos pets têm alergia a certos tipos de alimentos, sejam eles caseiros ou industrializados, tais como os que contém fontes proteicas animais ou vegetais, aditivos, preservantes, conservantes, corantes, entre outros. "Alguns animais podem ter uma digestão deficiente, causadas por antígenos com conteúdos insolúveis, aumento da permeabilidade intestinal ou por predisposição genética mesmo. O diagnóstico, nesse caso, é baseado no histórico, sinais clínicos, exclusão de outras causas (infecciosas ou parasitárias), resposta à diferentes dietas, eliminando as possibilidades. Muitas vezes é necessário remover todos os alérgenos em potencial e introduzir uma alimentação com dieta hipoalergênica”, indica a profissional.
Na quinta posição está a infecção por bactérias causadas, por exemplo, pela Salmonella, Escherichia Coli (E.Coli) e Shigella. "Além dos sintomas anteriores, há casos maior de diarreia com a presença de muco. Nesses casos, o diagnóstico é clínico, juntamente com exames laboratoriais e o atendimento deve ser de urgência para o animal não desidratar. Os pets costumam ficar bem apáticos e o tratamento, em geral, é com antibióticos, sendo possível associar prebióticos e/ou probióticos para auxiliar na atividade de bactérias benéficas e melhorar a flora intestinal, respectivamente”, destaca
Andressa detalha que tanto os prebióticos quanto os probióticos podem ser manipulados com flavorizantes e apresentações farmacêuticas diferenciadas, assim como os vermífugos, que previnem as parasitoses. "Essas associações potencializam o tratamento e facilitam na hora de ministrar, pois são produzidos no sabor preferido do pet. Além disso, é possível manipular em diferentes formas, como o filme oral, uma lâmina que é absorvida em contato com a mucosa bucal, minimizando o impacto no fígado e estômago, já tão debilitados pelas gastroenterites, diferencial determinante para a rápida recuperação do pet”, finaliza a veterinária.