Embora a proteína animal seja o principal ingrediente de uma dieta equilibrada para cães e gatos, é preciso ficar atento ao oferecer carne crua para o seu animal. A carne sem cozimento pode ser fonte de agentes causadores de doenças para os pets e para os seres humanos.
Os cães apresentam uma fisiologia capaz de digerir carne crua, pois têm caninos afiados, estômago relativamente grande em relação ao corpo e intestino curto. Por mais que os ancestrais caninos e felinos se alimentassem de carnes cruas, com a domesticação, isso se tornou quase inexistente. O problema está nos patógenos que podem causar doenças ao organismo do animal e desenvolver problemas de saúde pública - são os patógenos que não desencadeiam doenças nos animais, mas podem desencadear nos humanos. Por exemplo, a salmonelose e toxoplasmose.
Um estudo realizado pela Unidade de Ciências Biomoleculares Aplicadas mostrou que alimentos crus comercializados para cães podem atuar como fontes de bactérias resistentes aos efeitos de antibióticos, trazendo riscos para a saúde pública. As "superbactérias” têm origem no uso excessivo de antibióticos na criação de gado e produção pecuária, para o controle de doenças.
Leia mais:
Hospital Veterinário Municipal supera em 70% previsão de atendimentos em Londrina
Londrina e mais 65 municípios terão placas educativas de cuidado
'Astro' de novela da Globo está enterrado no Parque do Peão de Barretos
Cão devolvido por Lily Allen já foi adotado por nova família, diz ONG
Não é proibido oferecer carne crua, no entanto, a origem da carne é fundamental e alguns procedimentos devem ser adotados. Como congelar a carne por no mínimo sete dias; dar preferência para carnes magras; o consumo deve ser imediato e em, no máximo, vinte minutos; higienizar o comedouro de forma adequada, entre outros. No entanto, todos os procedimentos não têm eficácia garantida. A fim de garantir a segurança do alimento, o recomendado é dar carne cozida para cães e gatos. (Com informações do Canal do Pet e Petz).
*Sob supervisão de Fernanda Circhia