Com problemas renais e necessitando de um leito de UTI (Unidade de Terapia Intensiva), o aposentado Venâncio Fabiano, de 84 anos, aguardou transferência por três dias para conseguir uma vaga em hospitais da região. Na noite da última quarta-feira (1º), ele foi transferido para Ivaiporã – cidade localizada a aproximadamente 160 km – mas não resistiu, falecendo na tarde de domingo (5). Familiares do paciente, que ficou internado em estado grave no Hospital Zona Norte de Londrina (HZN) desde o final de outubro (dia 26), procuraram o CDH (Centro de Direitos Humanos) para denunciar a demora de transferência para um hospital de alta complexidade.
Para chamar atenção para o problema de saúde, representantes do CDH e outras entidades foram até o Ministério Público nesta tarde segunda-feira (6) para relatar o problema para a promotora de Justiça Susana de Lacerda. “Queremos discutir a questão da saúde pública porque a gente acredita que o está faltando nesta cidade é gestão em relação aos atendimentos, do dinheiro público, da saúde pública em Londrina”, disse Maria Giselda de Lima Fonseca, coordenadora do CDH.
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Sobre a transferência, o Secretário Municipal de Saúde, Felippe Machado, informou na semana passada que o idoso seria transferido de helicóptero para outro município na terça ou quarta-feira, mas nos dois dias não tinha teto para operação de voo. Por isso, a opção foi via terrestre na última quarta à noite. O secretário não se manifestou sobre a fila de leitos de UTI.
A Sesa (Secretaria de Estado da Saúde), por meio da 17ª Regional de Saúde - Londrina, informou que até a transferência, o paciente que estava intubado no HZN recebeu todos os cuidados e foi assistido pela equipe médica.
