O açúcar tem papel importante no funcionamento do organismo. Além de ser fonte de energia, contém substâncias que estimulam o cérebro a produzir serotonina, neurotransmissor responsável pela sensação de bem-estar e prazer. Há no mercado diversas opções do ingrediente e, com tanta variedade disponível, pode ser difícil escolher a melhor opção.
"O açúcar é um carboidrato presente em frutas e vegetais. O prazer que sentimos com alimentos de sabor adocicado é inato. A predileção por doces ajudou nossos ancestrais a distinguirem entre os alimentos seguros e que dariam mais energia, dos alimentos potencialmente tóxicos ou inadequados para consumo. Podemos contar com a praticidade de ter também o açúcar isolado, em várias etapas de refino, o que permite o uso em produtos culinários diversos. Apesar do sabor característico, eles pouco diferem em termos nutricionais, sendo que, via de regra, os mais refinados tem menos micronutrientes (vitaminas e minerais)", explica a Marcia Daskal, nutricionista e proprietária da Recomendo Assessoria em Nutrição.
Ainda segundo a especialista, os açúcares também adicionam sabor, deixando alguns alimentos mais apetitosos. A escolha vai depender da preferência e do tipo de uso para cada um deles. "Sem abuso, todos são permitidos numa dieta equilibrada", completa.
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Açúcar cristal: apresenta-se como cristais maiores e transparentes, sendo mais difícil dissolvê-lo. No do seu processo de fabricação, a etapa de cristalização elimina a maioria das impurezas presentes. Como impurezas, considera-se tudo aquilo que não seja sacarose (sais minerais, glicose, frutose, amido, dentre outros componentes presentes). É considerado um produto com uma purificação parcial.
Açúcar refinado: esse é o tipo de açúcar mais comumente encontrado nos supermercados e mais apreciado pelas donas de casa. No processo de refino, além da adição de novos produtos químicos, o açúcar cristal é dissolvido e recristalizado, visando torná-lo mais branco, pela remoção adicional dos compostos coloridos presentes. O resultado é um açúcar de elevada brancura, com cristais bem pequenos e com maior facilidade de dissolução.
Açúcar de confeiteiro: já descrito pelo nome, esse tipo de açúcar é mais utilizado para decorar receitas como bolos, biscoitos e tortas. Os cristais são extremamente finos e com a aparência de pó. Em algumas refinarias, uma etapa de peneiramento ajuda a garantir a uniformidade destes pequenos cristais. Além disso, antes de serem embalados recebem a adição de uma pequena quantidade de amido para evitar que os cristais fiquem grudados.
Açúcar orgânico: em geral se apresenta na forma de cristais maiores e mais escuros. Durante a sua produção, desde o plantio da cana até o produto embalado, não são utilizados agrotóxicos ou insumos não autorizados. Por ter todas essas exigências em seu processo produtivo, apresenta preço mais elevado.
Açúcar light: é a combinação do açúcar refinado com adoçantes artificiais. Deve ser evitado por pessoas que não podem ou não querem utilizar adoçantes. Por conta da presença dos edulcorantes, não tem o mesmo efeito culinário.
Açúcar mascavo: com a coloração mais escura parecida com o caramelo, o sabor do açúcar mascavo lembra o da rapadura. O açúcar mascavo tradicional é um alimento obtido diretamente da concentração do caldo de cana recém-extraído. Este processo não utiliza o uso de aditivos químicos para o processo de branqueamento e clarificação. Apesar de preservar alguns micronutrientes como fósforo, cálcio, magnésio e potássio, não pode ser considerado como fonte destes nutrientes.
Açúcar demerara: tem grãos na cor marrom claro e o processo de produção é muito similar ao açúcar mascavo, porém passa também por um processo de tratamento leve, utilizando menor quantidade de aditivos químicos.
É importante não esquecer do importância de um consumo equilibrado, independente da escolha de compra. "Qualquer ingrediente em excesso não faz bem. O açúcar, em qualquer versão, em pequenas quantidades e associado a uma vida saudável, pode ser uma fonte de prazer e de energia", finaliza a nutricionista.