Desde cedo o ambiente social estimula o consumo de guloseimas e alimentos com gordura saturada e calorias, o que muitas vezes pode causar problemas de obesidade ou até mesmo ocasionar doenças mais sérias. Na fase escolar, um dos principais desafios é manter uma alimentação equilibrada privilegiando um cardápio rico em nutrientes para os filhos.
No caso das crianças com diabetes, a atenção da família deve ser redobrada. É importante que haja sempre uma relação da insulina com o consumo de carboidratos que venha ocorrer.
“Se a guloseima tem carboidrato, é preciso ter uma cobertura proveniente de insulina para que aquele carboidrato não promova uma hiperglicemia. O consumo de guloseimas deve ser exceção e não regra”, explica Dra. Maristela Strufaldi, nutricionista do ICPD (Instituto Correndo pelo Diabetes).
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Como fazer uma lancheira escolar de uma criança com diabetes?
O lanche deve ser saudável, composto de fontes de carboidrato de lenta absorção, com fibras, uma fonte de proteína que pode ser proveniente de lácteos. O líquido não deve ser açucarado. A fruta sempre será uma opção melhor que o suco. Preferir água, chá gelado, mas sem adição de açúcar.
● É recomendável estimular o consumo de alimentos energéticos, tais como pães, cereais, biscoitos. Neste caso, os integrais são mais interessantes porque a fibra tem um papel de atenuar a velocidade de absorção do carboidrato.
● Importante introduzir, diariamente, alimentos do grupo construtor (fonte de proteína), a exemplo de queijos, leite, iogurtes, patê de atum, patê de frango, grão de bico e alguma fonte de alimento regulador (frutas, verduras e legumes), como o palitinho de cenoura, pepino e fruta.
Vale lembrar que cada cardápio é personalizado, pois depende do horário do lanche da criança e da quantidade de insulina a ser aplicada para aquela quantidade de carboidrato que será consumida – o que configura a contagem de carboidratos.
Como isso é feito?
Contagem de carboidratos é uma ferramenta nutricional altamente benéfica e que contribui para o controle da glicemia e proporciona uma melhor flexibilidade alimentar. Consiste no ajuste da administração da insulina (de rápida absorção) para a quantidade de carboidrato que está sendo consumida.
Para 15 gramas de carboidrato consumido uma pessoa precisa de uma unidade de insulina rápida ou ultrarrápida para fazer cobertura para o carboidrato ingerido.
É importante que exista uma conduta multidisciplinar com acompanhamento de um médico e de um nutricionista para manter a coerência e o aprendizado em relação aos alimentos e administração de insulina.
Para evitar crises de hiperglicemia é preciso seguir as orientações médicas e fazer o monitoramento de insulina mediante ao alimento ingerido. Crianças com diabetes devem evitar ficar muito tempo sem se alimentar (jejum prolongado) e manter um fracionamento alimentar para prevenção da doença.
A atividade física deve ser planejada com alimentação, insulinoterapia e mediante treino adequado e coerente a idade da criança.
“Importante executar o autocuidado e os pilares do tratamento do diabetes como ajuste da alimentação, exercícios físicos, monitorização e o esquema medicamentoso”, orienta Dra. Maristela.