Com as férias escolares, uma dúvida surge na cabeça dos pais: como manter a alimentação dos filhos balanceada, quando se sentem liberados para brincar, passear e, consequentemente, comer o que bem entendem? O pediatra e nutrólogo Mauro Fisberg acredita que não há mal nenhum em liberar os pequenos para tomarem um sorvete, ou comer um sanduíche, mas garante que é muito importante criar limites. "Como em vários momentos, como o de ver TV, jogar vídeo game ou no que diz respeito à alimentação, as crianças precisam de limites. Não dá para substituir uma refeição por uma porção de picolés, mas tomar um sorvete ou comer um pedaço de bolo recheado pode ser até muito bom para a criança", salienta Fisberg.
Para as crianças com dificuldades de alimentação, os chamados picky eaters, ou comedores seletivos, - que apresentam certa indiferença em relação à comida e frequentes oscilações na preferência e aceitação dos alimentos - as férias podem tornar-se uma boa oportunidade dos pais estimularem seu interesse pela comida. As férias e festas de final de ano permitem que os pais fiquem mais tempo com os filhos e possam se dedicar a elaborar receitas junto com os pequenos. "Envolver a criança na preparação dos alimentos e aos poucos explicar a importância de cada um deles é uma ótima alternativa para estimulá-la a adquirir novos hábitos", explica o pediatra.
Dieta diversificada
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Sanduíches naturais, acompanhados de suco são uma ótima pedida, além de fáceis de preparar, podem garantir uma refeição completa. "O pão é o carboidrato que fornece energia, um recheio de patê de frango, por exemplo, contém proteína, legumes e folhas oferecem vitaminas e os sucos de fruta, além de vitaminas são hidratantes", ensina.
Variar o cardápio, não só no tipo de alimento, mas também no modo de preparação também é uma das orientações do nutrólogo. "Apresentar pratos coloridos, fazer carinhas com a comida, oferecer o alimento rejeitado pelo menos dez vezes, em refeições diferentes e com apresentações diferentes são excelentes iniciativas. Vale a pena brincar com o alimento, mas não brincar com a alimentação", ressalta. O famoso aviãozinho está fora de cogitação, pois, de acordo com Fisberg, é uma maneira de distrair, enganar a criança e fazê-la comer sem perceber. Forçar, castigar ou premiar também só intensificam o mau comportamento à mesa.
Reforço alimentar
Por outro lado, tais estratégias perdem a eficácia se as refeições não são feitas à mesa e se os pais e os irmãos mais velhos só comem lanches, sem incluir em sua alimentação frutas, verduras e legumes. "A família é o principal modelo para a criança, que dificilmente vai gostar desses alimentos se não são consumidos dentro de casa", alerta Fisberg.
Paralelamente, o médico pode indicar o uso de suplemento alimentar para que o estado nutricional de risco da criança não progrida. "O suplemento é um elemento de apoio até que os pais consigam fazer com que a criança adote uma dieta mais adequada", reforça. Um exmplo desse tipo de produto é o PediaSure, alimento em pó desenvolvido pela área de nutrição da Abbott. Rico em carboidratos e lipídios, é indicado como suplemento alimentar para crianças picky eaters.
Fonte de proteína, o produto oferece distribuição calórica balanceada. O alimento é isento de glúten e lactose, contém 29 vitaminas e minerais, atendendo 100% das exigências e recomendações diárias permitidas pelo Conselho de Pesquisas da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos. Pediasure ainda oferece cálcio, fósforo, zinco, cobre e ferro, contribuindo para um desenvolvimento e crescimento saudável da criança.