Basta pesquisar para saber que existem todos os tipos imagináveis de dietas. Entre as mais conhecidas, há as que de fato propiciam o emagrecimento saudável, e ainda outras que não contam com qualquer embasamento médico ou científico.
Para quem busca emagrecer, é tentador escolher uma das "dietas da moda", que restringem a alimentação de forma drástica, permitem exageros na ingestão de determinados tipos de alimentos ou que pecam pela desatenção ao conteúdo nutricional. Por isso, antes de iniciar qualquer dieta, é importante estar atento a certas armadilhas e, se possível, consultar um nutricionista.
O termo "dieta" vem do latim "dietare" e refere-se aos hábitos alimentares e ao estilo de vida de uma pessoa. "É preciso entender que o processo de engordar ou emagrecer não acontece de súbito, mas sim lentamente. Os hábitos alimentares devem ser planejados para promoverem a saúde, e não para a comprometerem", alerta Alessandra Rocha, nutricionista da farmácia on-line Desejo Saúde.
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"O ponto mais importante na hora de escolher uma dieta é saber que nenhum alimento faz milagres por si só. Cada um tem suas propriedades e é necessária a harmonização", afirma a nutricionista.
Planejamento
O autoconhecimento e a disciplina são fatores fundamentais para os resultados de uma dieta. "É praticamente impossível fazer uma dieta e não cair na tentação dos docinhos ou outros alimentos considerados 'vilões do emagrecimento'. O planejamento é essencial para prevenir abusos. Por exemplo: se a pessoa gosta muito de sorvete, ela deve se permitir uma taça aos domingos. Ao matar a vontade, ela se antecipa e previne um possível abuso alimentar decorrente da vontade de saciar seu desejo por doces", diz Alessandra.
Criar metas rígidas de emagrecimento, como o desejo de perder 10 ou 15 quilos em poucas semanas, pode ser listado como um dos principais fatores que impedem os resultados positivos. Dietas radicais não oferecem o mínimo de nutrientes necessários por dia e a pessoa ainda perde água e (fica desidratada) e músculos (perde massa magra).
A nutricionista esclarece que dietas restritivas demais tendem a sobrecarregar órgãos como o fígado e os rins e também podem ocasionar carência nutricional – o que aumenta a predisposição à anemia, osteoporose ou outras doenças. Além disso, ninguém aguenta uma dieta 'tirana' por muito tempo. Por isso, é melhor estabelecer uma rotina alimentar menos rígida, mas que possa ser cumprida por longo tempo (até que a pessoa finalmente estaja reeducada).
Ao adotar dietas pobres em determinados nutrientes, corre-se o risco de comprometer o funcionamento intestinal. "Os intestinos possuem cerca de 100 trilhões de bactérias benéficas para a saúde. Elas são ligadas à absorção, digestão e síntese de nutrientes. Ao fazer dietas muito restritivas, impedimos a formação do bolo fecal e por consequência, as fezes ficam armazenadas por mais tempo, ocasionando a conhecida prisão de ventre. Além do inchaço, a prisão de ventre pode causar fissuras e sangramentos na parede intestinal.
Segundo Alessandra, em qualquer dieta vale a dica: aposte em alimentos ricos em fibras e e ingira boa quantidade de água para ter maior saciedade. Também é recomendável consumir folhas e verduras antes das refeições.
Serviço:
www.desejosaude.com.br